EUA e Turquia reforçam relações, mas Casa Branca aponta 'preocupações' pelo uso dos S-400 russos

© REUTERS / Kevin LamarqueJoe Biden e Recep Taiyyip Erdogan, presidentes dos EUA e da Turquia, respetivamente, participam de encontro bilateral à margem da cúpula do G20 em Roma, Itália, 31 de outubro de 2021
Joe Biden e Recep Taiyyip Erdogan, presidentes dos EUA e da Turquia, respetivamente, participam de encontro bilateral à margem da cúpula do G20 em Roma, Itália, 31 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 31.10.2021
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Os presidentes dos dois países membros da OTAN tiveram uma conversa à margem do G20, durante a qual discutiram uma série de questões bilaterais.
Joe Biden e Recep Tayyip Erdogan, presidentes dos EUA e da Turquia, respectivamente, concordaram em criar um mecanismo para regular e fortalecer os laços bilaterais, indicou no domingo (31) a agência Anadolu.
Os líderes dos dois Estados-membros da OTAN falaram à margem da cúpula do G20, discutindo questões como o comércio, mudanças climáticas e a parceria estratégica entre os dois países.
O encontro teria durado uma hora e dez minutos e contou também com a presença de Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, e Mevlut Cavusoglu, ministro das Relações Exteriores da Turquia.
De acordo com uma declaração da Casa Branca, durante as discussões "o presidente Biden sublinhou sua vontade de manter relações construtivas, expandir áreas de cooperação e administrar de forma eficaz nossos desacordos".
"[Biden] expressou apreciação pelas quase duas décadas de contribuição da Turquia à missão da OTAN no Afeganistão. Os líderes discutiram o processo político na Síria, a entrega de assistência humanitária a afegãos necessitados, as eleições na Líbia, a situação no Mediterrâneo Oriental e os esforços diplomáticos no Sul do Cáucaso", revelou.
A Turquia tem estado envolvida em todos esses conflitos, se juntando à guerra e ocupação do Afeganistão pelos EUA e a OTAN de 2001 a 2021, ocupando áreas do norte da Síria e oferecendo apoio diplomático e militar ao governo de Tripoli na guerra civil da Líbia.
Ancara também se envolveu em rixas diplomáticas envolvendo o uso de navios de guerra e aeronaves militares com a Grécia e o Egito no mar Mediterrâneo, tendo oferecido apoio militar ao Azerbaijão em sua guerra de Nagorno-Karabakh em 2020 com a Armênia.
Apesar de a Casa Branca notar que Biden "reafirmou" a parceria de defesa de Washington com Ancara e a "importância de aliado da OTAN" da Turquia, ela também referiu "preocupações dos EUA" sobre sua posse do "sistema de mísseis russo S-400" e "sublinhou a importância de fortes instituições democráticas, respeito pelos direitos humanos e o Estado de direito para a paz e a prosperidade".
Por sua vez, um funcionário turco afirmou que as discussões entre Erdogan e Biden tiveram lugar em uma atmosfera "muito positiva".
Em 23 de outubro foi relatado que dez embaixadores de vários países, incluindo os EUA e a Alemanha, seriam expulsos, depois que eles apelaram pela libertação do ativista turco Osman Kavala. Na segunda-feira (25) Erdogan deu como "resolvida" a questão, depois que as embaixadas dos países em questão prometeram não voltar a interferir nos procedimentos legais da Turquia.
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