Sangue humano é encontrado em máscara funerária de civilização antiga do Peru (FOTO)

© AP Photo / Douglas Juarez Uma peça de fresco da civilização Moche em Chan Chan, Peru
Uma peça de fresco da civilização Moche em Chan Chan, Peru - Sputnik Brasil, 1920, 28.10.2021
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Um grupo de pesquisadores do Projeto Arqueológico Sicán, no Peru, descobriu vestígios de sangue humano e proteína de ovo de ave em uma máscara funerária de ouro de mil anos.
O objeto pertence à civilização Lambayeque, também conhecida como Sicán, que habitava a costa norte do Peru atual e é anterior à cultura Inca. Segundo os especialistas, esta civilização era especializada em práticas funerárias das elites, e muitas vezes enterrava os falecidos com bens espantosos.
Esta descoberta, publicada na revista científica Journal of Proteome Research, chega após uma reavaliação da máscara que cobria o crânio de um homem de elite pintado de vermelho, deitado de barriga para baixo em um túmulo escavado por uma equipe de arqueólogos no início da década de 1990.
A equipe de cientistas, liderada por Izumi Shimada, identificou naquela época o pigmento como cinábrio, um mineral de sulfeto de mercúrio avermelhado, porém, o aglutinante orgânico eficiente permanecia um mistério até agora.
© Foto / Journal of Proteome ResearchMáscara de mil anos teria sido utilizada em rituais funerários das elites da civilização Lambayeque
Máscara de mil anos teria sido utilizada em rituais funerários das elites da civilização Lambayeque - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Máscara de mil anos teria sido utilizada em rituais funerários das elites da civilização Lambayeque
Para esta pesquisa, Shimada e seus colegas analisaram uma pequena amostra de tinta da máscara usando espectroscopia, uma análise baseada na interação entre a matéria e a radiação eletromagnética. Desse jeito, a equipe encontrou seis proteínas do sangue humano no corante utilizado, incluindo albumina sérica e imunoglobulina G, bem como outros tipos de proteínas, como a ovalbumina, proveniente de claras de ovo.
Segundo os pesquisadores, este achado "apoiaria ideias anteriores de que a tinta de cinábrio vermelha pode representar a 'força vital'", e que a disposição dos esqueletos estaria relacionada com o desejado "renascer" do falecido líder dos sicán.
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