Sinais de possível 1º exoplaneta fora da Via Láctea são detectados

© Foto / NASA, ESA, S. Beckwith (STScI) e o Hubble Heritage Team (STScI/AURA)Galáxia Redemoinho, também conhecida como Messier 51a
Galáxia Redemoinho, também conhecida como Messier 51a - Sputnik Brasil, 1920, 26.10.2021
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Pela primeira vez na história, é possível que os cientistas tenham descoberto um planeta em outra galáxia.
O possível exoplaneta recebeu o nome de M51-ULS-1 e se encontra a 28 milhões de anos-luz de distância na galáxia espiral Messier 51 (M-51), também conhecida como galáxia Whirlpool (Redemoinho).
Ao todo, foram analisados 55 sistemas diferentes em M51, na galáxia Whirlpool, 64 sistemas em Messier 101 (M101) e 119 sistemas em Messier 104 (M104), segundo a BBC News.
Os astrônomos indicam que a descoberta poderia ser apenas a ponta do iceberg, revelando muitos outros exoplanetas fora da Via Láctea.
"Estamos tratando de abrir uma arena completamente nova para encontrar outros mundos", afirmou Rosanne Di Stefano, astrofísica do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, que liderou o estudo, publicado na revista Nature.
A descoberta do possível exoplaneta ocorreu na galáxia Whirlpool, um sistema binário que orbita dois grandes objetos, uma estrela de nêutrons ou um buraco negro que orbita uma estrela companheira massiva.
O novo resultado é baseado em trânsitos, onde a passagem de um planeta em frente de uma estrela bloqueia algumas das estrelas leves e produz uma redução no brilho que pode ser detectada pelos telescópios.
© Foto / ESO/L. CalçadaRepresentação artística do buraco negro binário estudado pelos astrônomos
Representação artística do buraco negro binário estudado pelos astrônomos  - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Representação artística do buraco negro binário estudado pelos astrônomos
O trânsito durou aproximadamente três horas, e as emissões de raios X foram reduzidas a zero. Isso ajudou a inferir que o objeto tinha aproximadamente o tamanho de Saturno e orbitava uma estrela de nêutrons a uma distância duas vezes maior que a distância de Saturno ao nosso Sol.
Lamentavelmente, as observações não confirmam que o objeto visto seja um exoplaneta. Para isso é preciso coletar mais dados. No entanto, o objeto não voltará a transitar frente a sua estrela durante 70 anos.
"Sabemos que estamos fazendo uma afirmação emocionante e audaz, por isso esperamos que outros astrônomos examinem com muito cuidado", observou a coautora do estudo Julia Berndtsson, pesquisadora da Universidade de Princeton em Nova Jersey.
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