Pentágono: grupos terroristas no Afeganistão poderiam atacar EUA no próximo ano

© REUTERS / Hamad I MohammedMilitares dos EUA perto de aviões da Força Aérea dos EUA, usados para evacuar pessoas do Afeganistão, na base aérea Al Udeid em Doha, Qatar, 4 de setembro de 2021
Militares dos EUA perto de aviões da Força Aérea dos EUA, usados para evacuar pessoas do Afeganistão, na base aérea Al Udeid em Doha, Qatar, 4 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 26.10.2021
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A comunidade de inteligência dos EUA avaliou que o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países) no Afeganistão poderia ter a capacidade de atacar o país norte-americano em apenas seis meses, e parece que pretende fazê-lo.
As observações de Colin Kahl, oficial sênior do Pentágono, ao Congresso, nesta terça-feira (26), apontam que o Afeganistão ainda pode trazer sérias preocupações de segurança nacional para Washington, mesmo com o final de quase duas décadas de guerra em agosto de 2021.
O Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), grupo insurgente que acabou tomando o controle de Cabul, são inimigos do Daesh, que por sua vez conduziu atentados suicidas e outros ataques após a retirada dos EUA do Afeganistão.
Porém, ante o Comitê de Serviços Armados do Senado, Kahl disse que ainda não estava claro se o Talibã tem capacidades de combater eficazmente o Daesh.
"É nossa avaliação que o Talibã e o Estado Islâmico-Khorasan [EI-K] [um ramo do Daesh] são inimigos mortais [...] Portanto, o Talibã está bastante motivado para combater o EI-K. Sua capacidade de fazê-lo, eu penso, deve ser determinada", disse Kahl, citado pelo The Guardian.
O funcionário sênior do Pentágono estimou que o grupo terrorista em causa teria um "conjunto de alguns milhares" de combatentes.
© REUTERS / StringerAfegãos rezam sobre os caixões de vítimas da explosão detonada por um homem-bomba no dia anterior em uma mesquita na província de Kunduz, Afeganistão, 9 de outubro de 2021
Afegãos rezam sobre os caixões de vítimas da explosão detonada por um homem-bomba no dia anterior em uma mesquita na província de Kunduz, Afeganistão, 9 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Afegãos rezam sobre os caixões de vítimas da explosão detonada por um homem-bomba no dia anterior em uma mesquita na província de Kunduz, Afeganistão, 9 de outubro de 2021
Amir Khan Muttaqi, chanceler interino do novo governo talibã, disse que a ameaça dos militantes do EI-K será abordada, garantindo também que o Afeganistão não se tornará uma base para ataques a outros países.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que os EUA continuarão atentos às ameaças provenientes do país da Ásia Central, realizando operações de coleta de informação onde foram identificadas ameaças de grupos como o Daesh e a Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), segundo a mídia.
Colin Kahl aponta que o objetivo é perturbar esses grupos, de modo a que não se tornem capazes de atingir os EUA.
Contudo, as autoridades norte-americanas entendem que é muito difícil identificar os grupos terroristas mencionados sem tropas no Afeganistão. 
De igual modo, Kahl acrescenta que Washington ainda não tem nenhum acordo com os países vizinhos do Afeganistão, pelo que ainda não há quem possa receber as forças norte-americanas para operações antiterroristas.
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