Coreia do Norte critica EUA por usarem Taiwan como 'ferramenta para pressionar a China'

© AP Photo / Chiang Ying-yingSoldados taiwaneses fazem saudação durante celebrações do Dia Nacional em frente ao Edifício Presidencial em Taipé, Taiwan, 10 de outubro de 2021
Soldados taiwaneses fazem saudação durante celebrações do Dia Nacional em frente ao Edifício Presidencial em Taipé, Taiwan, 10 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 23.10.2021
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Pak Myong-ho, vice-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, atacou "a ingerência indiscreta dos EUA na questão de Taiwan", que é "parte integrante da China".
Os EUA estão criando tensão militar com a China ao interferir na questão de Taiwan e usar a ilha como um instrumento de pressão sobre o gigante asiático, afirmou na sexta-feira (22) Pak Myong-ho, vice-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte.
"Os EUA usam Taiwan como uma ferramenta para pressionar a China e como um posto avançado para dominar a China em caso de emergência, embora superficialmente aderem à política de 'Uma só China'", disse o diplomata, citado pela agência norte-coreana KCNA.
Como exemplo das ferramentas usadas para esse objetivo, o ministro citou a venda de armamentos em valor de US$ 750 milhões (R$ 3,89 bilhões) ao território autogovernado, regido pela política "ilegal" do Ato de Relações de Taiwan, lei no país norte-americano desde 1979. Além disso, mencionou um "exercício militar conjunto em grande escala nas águas próximas a Taiwan" e militares dos EUA treinando as Forças Armadas de Taiwan.
"Taiwan é uma parte integrante da China. A questão de Taiwan, de A a Z, pertence aos assuntos internos da China", sublinhou Pak Myong-ho.
Segundo o alto responsável, "a ingerência indiscreta dos EUA na questão de Taiwan acarreta o perigo potencial de desencadear uma situação sensível na península coreana", e "os EUA devem ter em mente que sua interferência imprudente nos assuntos internos, sua tentativa de divisão e [a política de] dois pesos e duas medidas só levarão a consequências trágicas, levantando um machado para cair sobre seu próprio pé".
Na quinta-feira (21), depois de ser questionado se sua administração acorreria na ajuda militar a Taiwan em caso de ataque pela China, Joe Biden, presidente dos EUA, declarou que "temos o compromisso de fazê-lo".
Por sua vez, Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, disse na sexta-feira (22) que "nossa política [acerca de Taiwan] não mudou [...]. Ele não pretendia transmitir uma mudança na política, nem tomou a decisão de mudar nossa política".
Oficialmente, os EUA defendem a política de Uma Só China desde os anos 1970, em benefício da República Popular da China, mas mantêm ao mesmo tempo "ambiguidade estratégica" sobre o status de Taiwan.
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