Descobrem em rubi de 2,5 bilhões de anos na Groenlândia evidências de vida antiga (FOTO)

CC BY 2.0 / Flickr / James St. John / Rochas que contêm rubis (imagem refrencial)
Rochas que contêm rubis (imagem refrencial) - Sputnik Brasil, 1920, 22.10.2021
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Ao analisar algumas das mais antigas pedras preciosas coloridas do mundo, pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, descobriram resíduos de carbono – vestígios de vida antiga – engastados em um rubi de 2,5 bilhões de anos.
Naqueles tempos remotos, quando havia pouco oxigênio na atmosfera do planeta, a vida existia apenas na forma de microrganismos.
A equipe de pesquisa liderada por Chris Yakymchuk, professor de Ciências Ambientais e da Terra da Universidade de Waterloo, se envolveram no estudo da geologia dos rubis para entender melhor as condições necessárias para formação destas pedras preciosas, informa portal EurekAlert.
Durante esta pesquisa na Groenlândia – local que contém os mais antigos depósitos de rubis conhecidos no mundo – a equipe encontrou uma amostra de rubi que continha grafite, um mineral feito de carbono puro. A análise deste carbono indica que é um remanescente dos primórdios da vida.
"A grafite dentro deste rubi é realmente única. Foi a primeira vez que vimos evidências de vida antiga em rochas com rubis. A presença de grafite também nos dá mais pistas para determinar como os rubis se formaram neste local, algo que é impossível fazer diretamente com base na cor e composição química de um rubi", disse especialista.
© Foto / Universidade de WaterlooRubi de 2,5 bilhões de anos estudado pela equipe da Universidade de Waterloo
Rubi de 2,5 bilhões de anos estudado pela equipe da Universidade de Waterloo - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Rubi de 2,5 bilhões de anos estudado pela equipe da Universidade de Waterloo
A presença de grafite permitiu aos pesquisadores analisar uma propriedade chamada composição isotópica dos átomos de carbono, que mede as quantidades relativas de diferentes átomos de carbono. Mais de 98% de todos os átomos de carbono têm uma massa de 12 unidades de massa atômica, mas alguns átomos de carbono são mais pesados, com uma massa de 13 ou 14 unidades de massa atômica.
"Matéria viva consiste preferencialmente de átomos de carbono mais leves, porque eles precisam de menos energia para serem incorporados em células. Com base em uma maior quantidade de carbono-12 neste grafite, concluímos que os átomos de carbono já foram vida antiga, provavelmente microrganismos mortos, como cianobactérias", explicou Yakymchuk.
A grafite é encontrada em rochas com mais de 2,5 bilhões de anos, uma época quando o nosso planeta não tinha quantidades abundantes de oxigênio na atmosfera e a vida existia somente em microrganismos e algas.
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