Reveladas estratégias para identificar pessoas com imunidade inata contra COVID-19

Os cientistas continuam procurando pessoas em todo o mundo que podem ser geneticamente resistentes ao vírus SARS-CoV-2.

Os pesquisadores afirmam que embora a compreensão da fisiopatologia da COVID-19 aumentasse desde o início da pandemia, eles ainda sabem pouco sobre a base genética e imunológica humana da resistência inata contra o coronavírus.

Os pesquisadores observam que, às vezes, lares inteiros podem ser infectados, mas uma única pessoa é poupada, enquanto há outros relatos de pessoas de alguma forma evitando a COVID-19, mesmo depois de estarem na "linha de fogo" várias vezes.

Os cientistas propuseram estratégias para identificar e analisar geneticamente os indivíduos que possuem imunidade inata contra a COVID-19, conforme o estudo publicado na revista Nature Immunology.

"Primeiro, nos focamos em contatos domésticos não infectados de pessoas com a COVID-19 sintomática. Em seguida, consideramos os indivíduos expostos a um caso sem equipamento de proteção individual, por pelo menos uma hora por dia, e durante os primeiros três-cinco dias de sintomas do caso", conforme os cientistas.

Isto seria então verificado com testes PCR negativos e análises de sangue negativas quatro semanas após a exposição, particularmente procurando por células T para confirmar que a pessoa não foi infectada no passado.

"Já registramos mais de 400 indivíduos que cumprem os critérios de inclusão no estudo de coorte dedicado à resistência", escreveram os pesquisadores. Em estatística, coorte é um conjunto de pessoas que têm em comum um evento que se deu no mesmo período.

Os pesquisadores continuam procurando os indivíduos para o estudo, convidando as pessoas de todo o mundo para participar.