Lua de Saturno teria falhas geológicas semelhantes às da Terra capazes de abrigar vida, diz estudo

CC BY 2.0 / Kevin Gill / Titan, Enceladus, SaturnSaturno e seus satélites Titã e Encélado
Saturno e seus satélites Titã e Encélado - Sputnik Brasil, 1920, 18.10.2021
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Cientistas acreditam que Titã, uma das luas de Saturno, tem uma falha geológica semelhante à falha de San Andreas na Califórnia e que provavelmente ela está ativa.
Se isso for verdade, os seus movimentos poderiam quebrar a superfície gelada e seriam um elemento precursor para abrigar vida, aponta novo estudo.
A pesquisa, conduzida por cientistas planetários da Universidade do Havaí, observa que existe uma combinação de pressões diurnas de maré e pressões do fluido dos poros que forma falhas nestas imperfeições superficiais em Titã.
Estas variações ocorrem devido aos movimentos de atração e repulsão entre Saturno e Titã, tal como acontece entre a Terra e a Lua.
Além do mais, as falhas, ou seja, fissuras na crosta, perto do equador de Titã, que vão de leste a oeste, estão "orientadas de maneira ótima para falhas potenciais", segundo diz a pesquisa, o que significa que é provável que estejam ativas, detalha Daily Mail.
© Foto / Liliane M.L.Burkhard et al.Órbita excêntrica de Titã causa variações nas forças gravitacionais das marés
Órbita excêntrica de Titã causa variações nas forças gravitacionais das marés - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Órbita excêntrica de Titã causa variações nas forças gravitacionais das marés
Este tipo de falha chama-se tectônica transcorrente e é semelhante ao movimento que ocorre na falha de San Andreas. Se estes resultados forem comprovados, isso significaria que o líquido subterrâneo poderia subir à superfície e impactar a habitabilidade da lua, diz o estudo.
"Esta é uma revelação entusiasmante. Nossos resultados sugerem que, nestas condições, a falha de cisalhamento não só é possível, mas pode ser um mecanismo de deformação ativa na superfície e na subsuperfície de Titã, e poderia potencialmente servir como um caminho para líquidos subterrâneos subirem à superfície", disse em comunicado Liliane Burkhard, autora principal do estudo.
"Isso pode potencialmente facilitar o transporte de materiais que podem afetar a habitabilidade", concluiu a cientista.
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