China diz que AUKUS 'promove nova Guerra Fria' e aumenta corrida armamentista na região

© AP Photo / Mark SchiefelbeinLe Yucheng, vice-chanceler da China, durante entrevista à Associated Press, 16 de abril de 2021
Le Yucheng, vice-chanceler da China, durante entrevista à Associated Press, 16 de abril de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 13.10.2021
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O vice-ministro das Relações Exteriores da China advertiu que a aliança militar AUKUS, dos EUA, Austrália e Reino Unido, cria riscos de proliferação nuclear e alimenta uma corrida armamentista na região.
A recém-criada aliança militar AUKUS é favorável ao desencadeamento de uma nova Guerra Fria, afirmou nesta terça-feira (12) o vice-ministro das Relações Exteriores da China, Le Yucheng, em sua entrevista ao canal CGTN.
"Promove uma nova Guerra Fria e provoca jogos geopolíticos de soma zero. AUKUS apenas traz danos, nada de bom", disse o vice-chanceler.
Segundo Le Yucheng, a aliança é "um pequeno bloco de nações anglo-saxônicas" que mina o progresso para um Sudeste da Ásia livre de armas nucleares.
"Antes de tudo, cria riscos de proliferação nuclear, viola seriamente o espírito do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares e causa danos ao Tratado do Pacífico Sul como Zona Livre de Armas Nucleares", afirmou o vice-chanceler chinês.
O recente incidente que ocorreu com o submarino nuclear dos EUA USS Connecticut, que atingiu um objeto nas águas internacionais do Indo-Pacífico, é um exemplo alarmante de surgimento de eventualidades que podem "provocar um desastre", conforme o vice-chanceler.
"A China opõe-se firmemente à AUKUS", disse o vice-chanceler, sublinhando que a aliança militar alimenta a corrida armamentista na região.
Ao mesmo tempo, Le Yucheng chamou de "injustas" e "pouco razoáveis" as afirmações de que a crescente força militar da China foi a causa da criação da AUKUS.
Ele sublinhou que os EUA e o Reino Unido usam sanções para dissuadir outros países de desenvolver tecnologias nucleares de enriquecimento de urânio e ao mesmo tempo pretendem equipar a Austrália com submarinos de propulsão nuclear.
"Sua intenção real é traçar uma linha entre as raças, avivar a confrontação militar e criar tenções na região Ásia-Pacífico para tirar proveito disso", destacou.
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