Professor acredita que frade milanês poderia ter 'descoberto' América 150 anos antes de Colombo

© AP Photo / Bebeto MatthewsEstátua de Cristóvão Colombo em Nova York, Estados Unidos
Estátua de Cristóvão Colombo em Nova York, Estados Unidos - Sputnik Brasil, 1920, 10.10.2021
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Análises recentes de documentos antigos sugerem que marinheiros da cidade natal italiana de Cristóvão Colombo, Gênova, teriam conhecimento da América 150 anos antes de Colombo a ter "descoberto".
Transcrevendo um documento de 1345 da autoria de um frade milanês, Galvaneus Flamma, o especialista em literatura latina medieval professor Paolo Chiesa fez uma "espantosa" descoberta de uma passagem "excepcional" referente a uma área que hoje conhecemos como América do Norte, informa o portal Phys.org.
Segundo Chiesa, o antigo ensaio – descoberto pela primeira vez em 2013 – sugere que os marinheiros de Gênova já conheceriam esse território, referido como Markland ou Marckalada. Esses nomes são também mencionados em algumas fontes islandesas e identificados por estudiosos como parte da costa atlântica da América do Norte.
Mais detalhes sobre esta importante pesquisa foram publicados na revista Terrae Incognitae e chegam antes do Dia de Colombo 2021, também celebrado como o Dia dos Povos Indígenas em muitos estados dos EUA.
Galvaneus era um frade dominicano habitante de Milão e tinha laços com uma família importante na cidade. Ele escreveu várias obras literárias em latim, principalmente sobre temas históricos.
© AP Photo / Tony GentileCópia da carta de Cristóvão Colombo
Cópia da carta de Cristóvão Colombo - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Cópia da carta de Cristóvão Colombo
Cronica universalis, analisada por Paolo Chiesa, é considerada uma de suas possíveis últimas obras, que acabou sendo deixada "imperfeita" e por terminar.
Ao traduzir e analisar o documento, o professor demonstra como Gênova teria sido uma "porta de entrada" para notícias do mundo exterior, e como Galvaneus parecia escutar, informalmente, os rumores dos marinheiros sobre terras no extremo noroeste para um posterior benefício comercial.
"Estes rumores eram muito vagos para encontrar consistência nas representações cartográficas ou acadêmicas", explicou Chiesa, citado pela mídia, acrescentando que Marckalada acabou por não ser classificada como uma nova terra nesse tempo.
Ainda assim, Chiesa afirma que Cronica universalis "traz evidências sem precedentes à especulação de que notícias sobre o continente americano, derivadas de fontes nórdicas, circulariam na Itália um século e meio antes [da viagem] de Colombo", citado pelo Phys.org.
Cronica universalis, escrita em latim, ainda não foi publicada. No entanto, está prevista a publicação de uma edição no contexto de um programa acadêmico e educacional promovido pela Universidade de Milão, na Itália.
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