Nova pandemia é 'inevitável', diz diretora-adjunta brasileira da OMS

© REUTERS / Denis BalibouseLogotipo da Organização Mundial da Saúde (OMS) fora de seu prédio em Genebra, Suíça, 6 de fevereiro de 2020
Logotipo da Organização Mundial da Saúde (OMS) fora de seu prédio em Genebra, Suíça, 6 de fevereiro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 05.10.2021
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Médica brasileira afirmou que a Organização Mundial de Saúde prepara "tratado sobre pandemias" e que nova pandemia é apenas "uma questão de tempo".
Mariângela Simão, diretora-geral adjunta da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou nesta terça-feira (5) que é questão de tempo até o mundo sofrer com nova pandemia após a COVID-19.
"Essa pandemia, depois da gripe espanhola, foi a mais impactante e é também uma constatação: acho que o mundo precisa acordar porque a gente vê que não foram apenas os países em desenvolvimento que foram afetados. Afetou o mundo todo, ninguém estava preparado [...]. A Assembleia Mundial de Saúde agora em novembro discutirá a possibilidade de desenvolver um tratado para pandemias", afirma a médica à agência RFI.
A diretora-geral adjunta da OMS acrescenta que a organização já se prepara para uma nova pandemia. "Vai ter uma próxima pandemia. Isso é uma coisa que a gente já sabe e que é inevitável. É uma questão de quando vai acontecer", constata Simão.
Sobre o tratado para pandemias, a médica afirma que o protocolo é importante "não só por reforçar o papel da OMS em situação de emergência de interesse público", mas porque "cria uma série de formalidades que os países e o setor privado têm que tomar no caso de uma emergência como uma nova pandemia mundial".
© Folhapress / Paulo Lopes / BW PressIndígena é vacinado em São Gabriel da Cachoeira (AM)
Indígena é vacinado em São Gabriel da Cachoeira (AM) - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Indígena é vacinado em São Gabriel da Cachoeira (AM)

Vacina para países pobres

Mariângela Simão comentou os compromissos de alguns países com a doação de vacinas contra o SARS-CoV-2.
"Os EUA não só se comprometeram o ano que vem em doar 500 milhões de doses da [vacina] Pfizer, mas o governo norte-americano já possibilitou a entrada de 200 milhões de doses da Pfizer neste ano [...]. A França e vários outros países estão doando, o que é muito bem-vindo. Não resolve todo o problema, mas é muito bem-vindo que países que têm condições e que já atingiram coberturas vacinais maiores estejam contribuindo para uma maior equidade da cobertura global".
Em julho, o consórcio Covax começou a distribuir as vacinas contra COVID-19. O consórcio, uma iniciativa da OMS em parceria com a Aliança para Vacinação (Gavi), tem como objetivo uma distribuição mais igualitária de vacinas contra o novo coronavírus entre países pobres e ricos.
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