Nova crise econômica mundial poderia acontecer 'nos próximos 3 a 5 anos', diz economista conceituado

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Gráficos de bolsa de valores (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 03.10.2021
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O economista norte-americano Nouriel Roubini, que previu a crise financeira de 2008, compartilhou suas especulações sobre a situação econômica mundial atual e possibilidade de uma nova crise, bem como expressou sua opinião a respeito das moedas digitais.
Em uma entrevista com a Forbes, o especialista afirmou que no mundo existem "vulnerabilidades de vários tipos - econômicas e financeiras - que estão se acumulando e podem levar a uma crise nos próximos anos".  
Roubini acrescenta que mesmo existindo Estados mais fortes que outros, "no final, a inflação e a crise da dívida afetarão todos [...] A crise pode acontecer nos próximos três a cinco anos. No entanto, é um problema global", rematou o economista, citado pela mídia.
Segundo o especialista norte-americano, para estabilizar a economia é necessária a cooperação entre os países em vez da "concorrência destrutiva [...] o mundo deve se unir para lidar com a pandemia e cooperar para alcançar a estabilidade financeira e evitar a catástrofe climática".

Moedas digitais - solução ou problema?

Nouriel Roubini declarou que não considera as moedas digitais moedas reais, e que "os meios de pagamento devem ser estáveis". Afinal, "por que um vendedor aceitaria como pagamento algo que poderia perder 20% de seu valor no dia seguinte?", questionou Roubini, citado pela Forbes.
Segundo o economista, 80% das criptomoedas foram criadas por fraudadores. De igual modo, "o bitcoin não é um meio de pagamento escalável", e não existe algo que possa ser valorizado com isso. 
Roubini informa que 1% do capital pode ser investido em moedas digitais, mas quem o fizer "tem que estar ciente dos riscos". Sabendo isso, o especialista descreveu a adoção do bitcoin como moeda corrente legal em El Salvador como um fracasso.

Projeções para a Rússia

O economista indicou que a situação econômica russa é bastante estável, e que "com o aumento dos preços do petróleo e das matérias-primas, a balança comercial do país poderia até melhorar", citado na matéria.
Contudo, na opinião de Roubini, o problema da Federação da Rússia está centrado em seu "nível muito baixo de crescimento potencial". 
Para resolver esse problema, o especialista norte-americano explica que "é preciso dar muito mais atenção às instituições, ao sistema judicial, à luta contra a corrupção, e a outros fatores que impedem o crescimento dos negócios privados", referido na Forbes.
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