Inteligência britânica poderia ter estado envolvida na morte de Soleimani, aponta investigação

© REUTERS / Essam al-SudaniMembro das Unidades de Mobilização Popular do Iraque (PMU, na sigla em inglês) mostra foto de Qassem Soleimani, general iraniano assassinado em 3 de janeiro de 2020, em Basra, Iraque, 7 de maio de 2021
Membro das Unidades de Mobilização Popular do Iraque (PMU, na sigla em inglês) mostra foto de Qassem Soleimani, general iraniano assassinado em 3 de janeiro de 2020, em Basra, Iraque, 7 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 02.10.2021
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O assassinato do major-general Qassem Soleimani poderia ter tido o apoio de informações fornecidas pela base de inteligência Menwith Hill, em Yorkshire, no Reino Unido.
De acordo com o jornal The Guardian, citando um relatório de investigação de Barnaby Pace, também é questionado se os funcionários britânicos do local estariam envolvidos na assistência aos ataques mortais com drones conduzidos pelos EUA, especificamente no Paquistão, na Somália e no Iêmen – todos países com os quais Londres não está em guerra.
O relatório foi apresentado durante uma reunião da Menwith Hill Accountability Campaign, insistindo que "qualquer atividade militar dos EUA, ou atividade de agências de segurança dos EUA, realizada em Menwith Hill, deve ser conduzida de forma a tornar os intervenientes totalmente responsáveis ante o Reino Unido", citado na matéria.
Pace argumenta em seu relatório que as forças britânicas e norte-americanas "operam para além do escrutínio e responsabilidade públicos".
Tecnicamente, Menwith Hill é uma base da Força Aérea Real, mas também é operada pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos EUA e emprega 600 funcionários norte-americanos e 500 civis britânicos, informa o The Guardian.
Atendendo às preocupações manifestadas relativamente ao suposto envolvimento britânico no assassinato de Soleimani, um porta-voz do Ministério da Defesa do Reino Unido interviu, dizendo que a base "Menwith Hill faz parte de uma rede mundial de comunicações de defesa dos EUA, suportando uma variedade de atividades de comunicação [...] Por razões de segurança operacional, e como política, nem o Ministério da Defesa [do Reino Unido] nem o Departamento de Defesa [dos EUA] discutem publicamente aspectos específicos relativos a operações militares ou comunicações classificadas, independentemente da unidade, plataforma ou ativo", citado pela mídia britânica.
O assassinato com drones do ex-chefe da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) foi autorizado pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, tendo também vitimado outros quatro cidadãos iranianos.
Enquanto Washington justificou o assassinato dizendo que Soleimani representava uma "ameaça iminente", Teerã decretou tal ataque como "ato de terrorismo de Estado", realizando mais tarde ataques aéreos de retaliação contra bases militares dos EUA no Iraque.
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