Cientistas explicam como se formaram vales fluviais em Marte mudando superfície do planeta

© Foto / Pixabay / GooKingSwordMarte (imagem referencial)
Marte (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 30.09.2021
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Cientistas norte-americanos revelam que grandes inundações afetaram a formação da superfície de Marte. Os fluxos de água, que surgiram devido a transbordamento de lagos de cratera, formaram até um quarto de todos os vales no Planeta Vermelho.
Acredita-se que os leitos de rios na superfície de Marte se formaram em resultado de uma erosão fluvial lenta há 3,5 - 3,7 bilhões de anos, quando no Planeta Vermelho houve um ciclo hidrológico de águas superficiais. Tal como na Terra, os rios levavam a água para as crateras, onde se formavam lagos.
Pesquisadores dos EUA liderados por Timothy Goudge analisaram as imagens de 262 crateras em Marte onde houve antigamente lagos e concluíram que nem todos os rios do planeta desaguavam em lagos, ao contrário, alguns rios corriam a partir deles.
Os vales destes rios se formaram em pouco tempo devido ao transbordamento dos lagos de crateras, segundo um estudo publicado na revista Nature.
"Se pensarmos de como a precipitação se movia pela paisagem de Marte na antiguidade, as enchentes como resultado do transbordamento de lagos eram na verdade um processo importante à escala planetária", disse Goudge.
"Descobrimos que pelo menos um quarto do volume total de erosão nos vales marcianos foi esculpido por inundações após transbordamento de lagos. Este número elevado é particularmente impressionante considerando que os vales formados por inundações constituem apenas 3% de comprimento total de vales de Marte", disse o coautor do estudo, Alexander Morgan.
O cientista explica que essa discrepância se deve ao fato de os cânions serem muito mais profundos do que os outros vales. As inundações teriam moldado a topografia de Marte, afetando as vias de fluxo em outros vales.
Já era conhecido há algum tempo que alguns vales marcianos foram formados a partir de inundações em resultado de transbordamento de lagos. O novo estudo é a primeira análise global deste fenômeno.
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