Macron: Grécia compra caças Rafale e 3 fragatas da França para melhorar 'autonomia estratégica'

© AP Photo / Gonzalo FuentesPresidente da França, Emmanuel Macron, no Palácio de Eliseu, 20 de setembro de 2021
Presidente da França, Emmanuel Macron, no Palácio de Eliseu, 20 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 28.09.2021
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O presidente da França, Emmanuel Macron, saudou um novo acordo para vender caças Rafale e três novas fragatas, e possivelmente uma quarta, para a Grécia, dizendo que é um "audacioso primeiro passo para a autonomia estratégica europeia".
Falando na coletiva de imprensa conjunta com Macron, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, disse que seu país e a França decidiram melhorar a cooperação bilateral na área da defesa.
"Vamos em direção a um fortalecimento consequente da parceria estratégica entre a Grécia e França", afirmou o premiê grego.
Atenas pagará cerca de 3 bilhões de euros (R$ 19 bilhões) por três fragatas francesas Belharra para sua Marinha, segundo a Reuters, citando fontes do governo.
No ano passado, os dois países fecharam um acordo, no valor estimado de 2,5 bilhões de euros (R$ 15,7 bilhões), para Grécia adquirir 18 caças de combate Rafale da Dassault Aviation.

Aliança AUKUS

A decisão da Austrália de rescindir o contrato de compra de submarinos convencionais franceses não alterará "a estratégia [da França] na região do Indo-Pacífico, declarada no início de 2018 na Índia", sublinhou Macron.
Além disso o presidente francês apelou aos países europeus para "pararem de ser ingênuos", quanto à proteção de seus interesses estratégicos. O presidente revelou que a decisão australiana terá consequências que serão avaliadas nas próximas semanas.
"Temos aliados na região. A França é uma potência do Indo-Pacífico, apesar de quaisquer contratos, dado que mais de um milhão de nossos compatriotas vivem ali e cerca de 8.000 militares franceses estão posicionados ali", conforme Macron.
A rescisão do acordo terá repercussões limitadas, afetando não mais de algumas centenas de empregos na França, adicionou.
Segundo Macron, os europeus devem "retirar todas as consequências" do fato de os EUA "se concentrarem em si próprios e de reorientarem seus interesses estratégicos para a China e o Pacífico".
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