CIA teria considerado assassinar Julian Assange durante presidência de Trump, aponta relatório

© AP Photo / Carolyn KasterEmblema da CIA em sua sede em Langley, Virgínia, EUA
Emblema da CIA em sua sede em Langley, Virgínia, EUA - Sputnik Brasil, 1920, 26.09.2021
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Jornalistas, analistas políticos e organizações de imprensa ficaram chocados neste domingo (26) após lançamento de uma reportagem que acusa membros da administração do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, de haver planejado assassinato do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
A Yahoo News entrevistou mais de 30 ex-funcionários da administração republicana para seu artigo, revelando que a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), sob ordens do então ex-secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, teria discutido o assassinato ou sequestro de Assange enquanto era refugiado na embaixada do Equador em Londres, no Reino Unido.
O relatório também apontou que a administração Trump, em parceria com o governo do Reino Unido, estaria se preparando para se envolver em um perigoso conflito nas ruas britânicas com qualquer agente russo, caso tentassem ajudar Assange a fugir do país.
Após a divulgação de tal relatório, a Fundação Liberdade de Imprensa emitiu uma declaração chamando a CIA de "uma vergonha", e acrescentando que "o fato de ter considerado e se envolvido em tantos atos ilegais contra o WikiLeaks, seus associados e até mesmo outros jornalistas premiados, é um escândalo flagrante que deveria ser investigado pelo Congresso e pelo Departamento de Justiça [dos EUA]".
© REUTERS / Henry NichollsApoiadores de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, reunidos no exterior da corte, durante o recurso do governo dos EUA contra uma decisão da Justiça britânica de que Assange não deveria ser extraditado, Londres, Reino Unido, em 11 de agosto de 2021
Apoiadores de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, reunidos no exterior da corte, durante o recurso do governo dos EUA contra uma decisão da Justiça britânica de que Assange não deveria ser extraditado, Londres, Reino Unido, em 11 de agosto de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Apoiadores de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, reunidos no exterior da corte, durante o recurso do governo dos EUA contra uma decisão da Justiça britânica de que Assange não deveria ser extraditado, Londres, Reino Unido, em 11 de agosto de 2021
De igual modo, a fundação também pediu ao atual presidente norte-americano, Joe Biden, e sua administração que retirassem imediatamente todas as acusações contra Assange.
Tommy Vietor, porta-voz do ex-presidente Barack Obama, pediu ao presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Adam Schiff, e ao presidente do Comitê de Inteligência do Senado, Mark Warner, que realizassem audiências sobre a suposta conspiração da CIA.
Em 2019, Assange foi retirado à força da embaixada equatoriana pela Polícia Metropolitana de Londres e enviado para prisão de segurança máxima de Belmarsh, onde permanece até hoje enquanto Washington tenta sua extradição.
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