Congressistas republicanos pedem impeachment contra Biden por 'violações claras de seus deveres'

Quatro republicanos do Congresso americano apresentaram pedido de impeachment contra o presidente Joe Biden por sua gestão da situação dos imigrantes, por tentar estender a moratória federal sobre despejos e pela retirada do Afeganistão.

O congressista Bob Gibbs, junto com Andy Biggs, Brian Babin e Randy Weber, foi o autor do pedido de destituição. Ele escreveu em sua página no Facebook que apresentou três artigos para fundamentar o impeachment contra o presidente Biden, baseados no que ele acredita serem "claras violações de seus deveres como presidente".

De acordo com o legislador republicano, "a negligência deliberada [de Biden] da crise fronteiriça é uma falha em manter e defender a soberania americana".

"As tentativas de Biden de estender a moratória federal quanto aos despejos, apesar do aviso do Supremo Tribunal Federal e de ele próprio ter admitido que não tem poder para fazê-lo, é uma ação flagrante e intencional que viola a divisão dos poderes. Finalmente, a retirada do Afeganistão não foi apenas um desastre. Ao retirar o pessoal militar antes da evacuação dos americanos civis, o presidente Biden deixou vergonhosamente nossos próprios cidadãos em perigo", afirmou Gibbs.

Presidente Joe Biden após o discurso sobre o fim da guerra no Afeganistão, Casa Branca, Washington, 31 de agosto de 2021

© AP Photo / Evan Vucci

Ele admitiu que não "dá este passo de ânimo leve", acrescentando que "antes do desastre do Afeganistão, instei os meus colegas a considerar uma conversa ponderada sobre os méritos do impeachment".

O republicano reconheceu ainda que a tentativa de destituir Biden será difícil, com a maioria dos democratas em ambas as Câmaras do Congresso.

Aprovação em queda

O pedido de impeachment pelos republicanos contra o presidente americano ocorre enquanto as pesquisas indicam uma queda da aprovação de Biden.

Segundo a recente pesquisa Gallup, Biden tem 43% de aprovação e 53% de desaprovação, uma queda dos índices anteriores, que eram de 49%-48%.

Conforme a Fox News, a taxa de aprovação de Biden é "mais baixa nesta fase de sua presidência do que qualquer um dos seus antecessores mais recentes, com exceção do então presidente Trump".