Ex-agentes da inteligência dos EUA admitem ter hackeado redes norte-americanas para Emirados Árabes

© REUTERS / Andrew KellySímbolo do Departamento de Justiça dos EUA em sua sede em Washington, EUA, 10 de maio de 2021
Símbolo do Departamento de Justiça dos EUA em sua sede em Washington, EUA, 10 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 15.09.2021
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Três ex-agentes da inteligência dos EUA que trabalharam como espiões cibernéticos para os Emirados Árabes Unidos (EAU) admitiram ter violado as leis de hacking e as proibições norte-americanas de venda de tecnologia militar sensível.
Os ex-agentes - Marc Baier, Ryan Adams e Daniel Gericke – fizeram parte de uma unidade clandestina chamada Projeto Raven, que ajudou os EAU a espionar seus inimigos, relatada pela primeira vez pela Reuters.
Os três homens admitiram ter invadido as redes de computadores dos Estados Unidos e ter exportado ferramentas sofisticadas de intrusão cibernética sem obter a permissão necessária do governo norte-americano, segundo documentos divulgados na terça-feira (14) pelo tribunal federal dos EUA em Washington.
No âmbito do acordo com as autoridades federais para evitar um processo judicial, os ex-agentes da inteligência concordaram em pagar um total de US$ 1,69 milhão (R$ 8,8 milhões) e nunca mais buscar uma autorização de segurança dos EUA, uma exigência para empregos que impliquem acesso a segredos de segurança nacional.
Os homens disseram acreditar que estavam seguindo a lei porque os superiores lhes prometeram que o governo dos Estados Unidos havia aprovado o trabalho.
Baier, Adams e Gericke admitiram ter implantado uma arma cibernética sofisticada chamada de Karma que permitiu aos Emirados Árabes Unidos hackear os iPhones da Apple sem a necessidade de que o alvo de hackeamento clicasse em links, de acordo com documentos do tribunal.
"Os piratas informáticos a soldo e aqueles que de outra forma apoiam tais atividades, em violação das leis dos EUA, devem esperar plenamente ser processados por seu comportamento criminoso", segundo comunicado do vice-procurador-geral Mark J. Lesko da Divisão de Segurança Nacional do Departamento de Justiça.
Uma investigação da Reuters revelou que a equipe invadiu as contas de ativistas de direitos humanos, jornalistas e governos rivais. Mais tarde, alguns dos ativistas foram torturados pelas forças de segurança dos EAU, conforme a mídia.
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