Petroleiro do Irã carregando combustível ao Líbano teria sido avistado na costa da Síria (FOTO)

© REUTERS / Maxar Technologies / HandoutA satellite image shows an overview of Baniyas power plant in Baniyas, Syria, before the oil slick appeared in the Mediterranean Sea, July 27, 2021.
A satellite image shows an overview of Baniyas power plant in Baniyas, Syria, before the oil slick appeared in the Mediterranean Sea, July 27, 2021. - Sputnik Brasil, 1920, 14.09.2021
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O petroleiro Faxon está realizando o transporte através da Síria, com o objetivo de levar petróleo ao Líbano por via terrestre para contornar as sanções dos EUA.
O serviço independente de rastreamento de petróleo TankerTrackers.com parece ter avistado um navio iraniano descarregando suprimentos de combustível ao largo da costa da Síria, que seriam destinados ao Líbano.
O serviço de rastreamento apontou em um tweet de terça-feira (14) a presença do navio-tanque iraniano Faxon ao largo da costa de Baniyas, uma pequena cidade síria cerca de 60 km ao norte da fronteira libanesa.
URGENTE, CONFIRMAÇÃO VISUAL: O navio-tanque iraniano FAXON (9283758) está descarregando 33.000 toneladas métricas de gasóleo. Incapaz de entregar diretamente por mar ao Líbano devido às sanções, o navio se dirigiu para Baniyas, Síria, para transferência terrestre. Deve exigir 1.310 cargas de caminhão.
TankerTrackers acompanhou seu tweet com uma imagem de satélite captada pela empresa privada de imagens terrestres Planet Labs, sediada nos EUA. Junto com o Faxon, a imagem mostra dezenas de grandes petroleiros no interior da costa. Baniyas é conhecido por possuir uma grande refinaria de petróleo, usina elétrica e outras infraestruturas energéticas.
O serviço estima que o Faxon transporte cerca de 33.000 toneladas métricas de combustível a bordo, o suficiente para carregar 1.310 caminhões-tanque. Segundo informações previamente relatadas, o combustível seria entregue ao Líbano em caminhões para evitar possíveis sanções dos EUA, que Washington ameaçou repetidamente aplicar contra qualquer nação que comprasse petróleo iraniano.
Na segunda-feira (13) Sayyed Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), confirmou que o primeiro petroleiro iraniano com combustível de emergência para o Líbano atracou na Síria no domingo (12), e indicou que o gasóleo deveria chegar ao Líbano até quinta-feira (16).
Nasrallah, cuja organização tornou possível o acordo de combustível com o Irã, disse que um segundo petroleiro iraniano chegaria a Baniyas nos próximos dias, e que mais dois, um carregando gasolina e outro óleo combustível, devem chegar depois dele.
Depois de entrarem no Líbano, espera-se que os primeiros caminhões com combustível sejam enviados aos hospitais para ajudar a alimentar os geradores de emergência, e é esperado que outras áreas sejam servidas mais tarde.

Crise no Líbano

O Líbano está em meio a uma crise de combustível de meses, que começou no início deste ano depois que o governo ficou sem moeda forte para pagar seu fornecimento de energia. A escassez fez com que a companhia elétrica da nação mediterrânea reduzisse drasticamente a geração da energia, e forçou as empresas e as residências a depender de geradores privados ou a ficar sem energia.
A crise energética é resultado de um colapso econômico, financeiro e bancário mais amplo que assola a nação, que começou em meados de 2019 e acelerou graças à pandemia da COVID-19 e à explosão maciça de nitrato de amônio em agosto de 2020 no porto de Beirute, Líbano, que matou mais de 200 pessoas, feriu mais de 7.000 e desalojou 300.000 outras, e causando mais de US$ 15 bilhões (R$ 78,46 bilhões) em danos materiais.
O Hezbollah qualificou o acordo de combustível realizado com o Irã como uma grande vitória "diante da opressão americana e de seus crimes contra a humanidade", acusando os EUA de se envolverem em um "cerco" ao Líbano, e jurando continuar a resistência. O grupo político e militante xiita, que é rotulado por Washington como "organização terrorista", desempenha um papel importante na vida política do Líbano.
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