Desvendada espécie de monstro marinho que viveu no Kansas há 80 milhões de anos (FOTO)

CC BY 2.0 / Flickr.com / Schjelderup / Monstro do mar (imagem referencial)
Monstro do mar (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 13.09.2021
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Um fóssil de réptil marinho de dezenas de milhões de anos, encontrado nos anos 1970, foi reanalisado, com uma das questões sendo a razão de sua raridade.
Paleontólogos descobriram que um réptil marinho, que viveu há 80 milhões de anos, pertencia a um gênero diferente do que se pensava, relatou na sexta-feira (10) o portal Live Science.
A cabeça do E. everhartorum foi descrita como tendo 60 centímetros de comprimento e um focinho estreito e alongado em comparação com os de outros mosassauros.
CC BY 2.5 / Johan Lindgren, Michael J. Everhart e Michael W. Caldwell / Esqueleto de Ectenosaurus clidastoidesCrânio, esqueleto axial parcial e apendicular e cartilagem esternal calcificada em vista ventro-lateral oblíqua de Ectenosaurus
Crânio, esqueleto axial parcial e apendicular e cartilagem esternal calcificada em vista ventro-lateral oblíqua de Ectenosaurus - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Crânio, esqueleto axial parcial e apendicular e cartilagem esternal calcificada em vista ventro-lateral oblíqua de Ectenosaurus
O fóssil do monstro marinho foi descoberto nos anos 1970 no ocidente do estado de Kansas, EUA, uma área que era um oceano, onde costumava nadar, procurando presas com seu focinho esbelto e forrado de dentes. Na época da descoberta foi classificado como pertencendo ao gênero platicarpos.
No entanto, após revisitá-lo, os cientistas o consideraram como sendo um mosassauro, do gênero Ectenosaurus, um Ectenosaurus everhartorum, sendo que a única outra espécie do gênero conhecida é o Ectenosaurus clidastoides.
"É uma espécie de focinho magro para pegar o peixe de modo rápido e ágil, em vez de morder em algo duro como conchas de tartaruga", disse Takuya Konishi, paleontólogo de vertebrados e professor assistente na Universidade de Cincinnati, EUA, e coautor do estudo publicado na revista Canadian Journal of Earth Sciences, ao Live Science.
Havia diferenças com um Ectenosaurus típico, que incluíam a falta de um ressalto ósseo no final de seu focinho, e este também era mais curto que o da espécie E. clidastoides. Para descobrir se era uma nova espécie de Ectenosaurus, os pesquisadores detectaram um pequeno entalhe na extremidade posterior da mandíbula do espécime, que não aparecia em nenhuma espécie de mosassauro exceto uma.
"Essa pequena depressão acabou se revelando uma característica consistente recentemente descoberta para o gênero Ectenosaurus", disse Konishi.
CC BY-SA 4.0 / Ul1ss3z / Ambiente de Platicarpus (imagem recortada)Platecarpus dentro d'água, tinha longa cauda para ter uma certa agilidade em suas caçadas, igual que os jacarés atuais
Platecarpus dentro d'água, tinha longa cauda para ter uma certa agilidade em suas caçadas, igual que os jacarés atuais - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Platecarpus dentro d'água, tinha longa cauda para ter uma certa agilidade em suas caçadas, igual que os jacarés atuais
"Você tem este Ectenosaurus unido pelo pequeno entalhe no final do maxilar inferior, mas depois é consistentemente diferente no nível da espécie do tipo genérico, ou seja, da primeira espécie atribuída ao gênero."
Os cientistas também notaram que só há dois fósseis para os Ectenosaurus, um para cada uma das espécies conhecidas.
"Isso é muito estranho. Por que é tão raro para um mosassauro, onde você tem centenas de Platecarpus na mesma localização? Isso significará que eles moravam perto da costa, ou moravam mais ao sul ou mais ao norte? Nós simplesmente não sabemos", questionou o cientista.
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