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Barroso rebate declarações de Bolsonaro e diz que 'populismo arruma inimigos para justificar fiasco'

© AP Photo / Eraldo PeresO ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, discursa no plenário da Corte.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, discursa no plenário da Corte. - Sputnik Brasil, 1920, 09.09.2021
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Presidente do TSE faz discurso duro após afirmações do chefe do Executivo durante atos do dia 7 e chama Bolsonaro de "farsante". Para Barroso, "democracia só não tem lugar para quem pretende destruí-la".
Após as declarações do presidente, Jair Bolsonaro, nos atos do dia 7 de setembro, órgãos e políticos brasileiros começaram a responder às afirmações do chefe de Estado.
Ontem (8), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, fez pronunciamento em rede nacional. Mais tarde, foi a vez do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.
Hoje (9), quem se posicionou foi o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.
​Em videoconferência transmitida ao vivo, com a presença do ministro Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, Barroso abriu a sessão com duro discurso para rebater as acusações de Bolsonaro contra o sistema eleitoral, além dos ataques pessoais a ele dirigidos pelo mandatário.
"Todos sabem que não houve fraude e quem é o farsante nessa história. Quando fracasso bate à porta, é preciso encontrar culpados", declarou Barroso.
O ministro também disse que "o populismo vive de arrumar inimigos para justificar o seu fiasco. Pode ser o comunismo, pode ser a imprensa, podem ser os tribunais".
Em outro momento, o presidente do TSE afirmou que a "democracia só não tem lugar para quem pretende destruí-la".
"Começa a ficar cansativo para o Brasil ter que repetidamente desmentir falsidades, para que não sejamos dominados pela pós-verdade, pelos fatos alternativos, para que a repetição da mentira não crie a impressão de que ela é verdade. […] Insulto não é argumento, ofensa não é coragem."
Ao mesmo tempo, o ministro disse que a "marca" Brasil sofre, neste momento, "uma desvalorização global" e que o país é, atualmente, "alvo de chacota e desprestígio no exterior".
"Não é só o real que está desvalorizando. Somos vítima de chacota e de desprezo mundial. Um desprestígio maior do que a inflação, do que o desemprego, do que a queda de renda, do que a alta do dólar, do que a queda da Bolsa, do que desmatamento da Amazônia, do número de mortos pela pandemia, do que a fuga de cérebros e de investimentos", disse Barroso.
Bolsonaro participou de dois atos no dia 7, em Brasília e em São Paulo, nos quais apoiadores do governo defenderam pautas antidemocráticas, entre elas o fechamento do Congresso e do STF.
© REUTERS / Alan Santos/Presidência do Brasil/HANDOUTPresidente Jair Bolsonaro discursa durante manifestação a favor do governo e contra o Supremo Tribunal Federal, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, 7 de setembro de 2021
Presidente Jair Bolsonaro discursa durante manifestação a favor do governo e contra o Supremo Tribunal Federal, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, 7 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Presidente Jair Bolsonaro discursa durante manifestação a favor do governo e contra o Supremo Tribunal Federal, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, 7 de setembro de 2021
O mandatário também voltou a atacar o sistema eleitoral brasileiro, outros integrantes do STF e governadores e prefeitos que tomaram medidas de combate ao coronavírus além de ter chamado Alexandre de Moraes de canalha.
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