Conselho Europeu: UE deve trabalhar para 'autonomia estratégica' face à política externa dos EUA

© REUTERS / Mídia AssociadaO presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anuncia o início da reunião durante uma cúpula da UE em Bruxelas, Bélgica, em 24 de junho de 2021
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anuncia o início da reunião durante uma cúpula da UE em Bruxelas, Bélgica, em 24 de junho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 01.09.2021
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A União Europeia (UE) deverá tomar um maior controle de sua própria segurança se quiser evitar situações como o conflito no Afeganistão, liderado pelos EUA, disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
Em seu discurso no Fórum Estratégico de Bled, na Eslovénia, nesta quarta-feira (1º), Michel disse que afirmar a influência europeia será o "maior desafio" para o bloco nos próximos anos.
Com o final de uma guerra de 20 anos, é visível a "forte demonstração" por que Bruxelas deveria ponderar sobre o modo como conduz sua política externa.
"Em minha opinião, não precisamos de outro evento geopolítico como esse [guerra no Afeganistão] para entender que a UE deve lutar por uma maior autonomia de decisão e maior capacidade de ação no mundo", declarou Charles Michel.
Mais de 1.100 membros das forças aliadas dos EUA, incluindo de países-membros da UE, perderam suas vidas na guerra afegã.
A influência europeia será nosso maior desafio.
Não precisamos de outro Afeganistão para compreender que a UE deve lutar por uma maior autonomia e capacidade de ação.
Nossa autonomia estratégica requer que trabalhemos em nossas capacidades de poder econômico, vizinhança e segurança.
Se o bloco espera desenvolver uma "autonomia estratégica", deve reforçar seu poder econômico, "reforçar" suas parcerias regionais e rever sua abordagem de defesa, apontou o presidente do conselho.
Bruxelas já havia expressado seu desejo de desenvolver uma estratégia de defesa separada da política externa de Washington. Em 2018, o presidente francês, Emmanuel Macron, argumentou que o bloco precisava de um "verdadeiro exército europeu" para que pudesse se defender melhor "sozinho", se necessário.
Mais recentemente, em maio deste ano, o chefe do Estado-Maior da França, general de exército François Lecointre, argumentou que a UE deveria trabalhar para "satisfazer as expectativas de segurança de seus cidadãos" e evitar ser apanhada em um potencial conflito entre os EUA e a China.
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