Anticorpo capaz de proteger contra diferentes cepas do coronavírus é identificado

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SARS-CoV-2 (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 24.08.2021
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A descoberta pode contribuir para o desenvolvimento de terapias combinadas baseadas em anticorpos que seriam eficazes independentemente das novas mutações.

Cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Washington identificaram um anticorpo que, segundo eles, é altamente protetor contra uma ampla gama de variantes do SARS-CoV-2.

O vírus utiliza a proteína de espícula para aderir às células das vias respiratórias do organismo e invadi-las, enquanto que os anticorpos que impedem que a espícula adira às células neutralizam o vírus.

Para encontrar anticorpos neutralizantes que funcionem contra as diferentes variantes, os cientistas imunizaram ratos com uma parte importante da proteína de espícula, extraindo as células produtoras de anticorpos, e obtiveram delas 43 anticorpos que reconhecem estas partes da proteína.

Posteriormente, analisaram os 43 anticorpos estimando sua capacidade para impedir que a variante original do SARS-CoV-2 infecte as células em uma placa de Petri.

© AFP 2023 / Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUADetalhes do vírus SARS-CoV-2. Foto de arquivo
Anticorpo capaz de proteger contra diferentes cepas do coronavírus é identificado - Sputnik Brasil, 1920, 24.08.2021
Detalhes do vírus SARS-CoV-2. Foto de arquivo

Foram testados nove dos anticorpos neutralizantes mais potentes em ratos para observar se poderiam proteger da doença os animais infectados com a variante original do coronavírus.

Os cientistas selecionaram os dois anticorpos mais eficazes e testaram contra outras variantes, que incluíam vírus com proteínas de espícula que representavam as variantes Alfa, Beta, Gama, Delta, Kappa e Iota e outras diversas variantes sem denominação. Um anticorpo, o SARS2-38, neutralizou facilmente todas as variantes.

"Este anticorpo é altamente neutralizante [ou seja, funciona muito bem com baixas concentrações] e amplamente neutralizante [ou seja, funciona contra todas as variantes]", afirmou o autor principal do estudo, doutor Michael S. Diamond.

"Trata-se de uma combinação incomum e muito desejável para um anticorpo. Além disso, une-se a um ponto único da proteína de espícula ao que não se dirigem outros anticorpos em desenvolvimento. Isso é excelente para a terapia combinada. Poderíamos começar a pensar combinar este anticorpo com outro que se una em outro lugar para criar uma terapia combinada à qual o vírus dificilmente poderia resistir", adicionou.

A descoberta foi publicada na revista Immunity e poderia ser um passo para o desenvolvimento de novas terapias baseadas em anticorpos que tenham menos probabilidades de perder sua potência à medida que surjam novas mutações.

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