Taiwan acusa China de 'imitar' Talibã e agradece apoio diplomático dos EUA à ilha

© REUTERS / XINHUAO conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, encontra-se com o mulá Abdul Ghani Baradar, chefe político do Talibã no Afeganistão, em Tianjin, China, em 28 de julho de 2021
O conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, encontra-se com o mulá Abdul Ghani Baradar, chefe político do Talibã no Afeganistão, em Tianjin, China, em 28 de julho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 21.08.2021
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Enquanto as tensões continuam elevadas na Ásia Central, Taipé diz que Pequim "sonha em emular o Talibã" e que os EUA vão de encontro à política da ilha de "democracia e liberdade".

Neste sábado (21), o ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, acusou a China de tentar "emular" o Talibã (grupo terrorista proibido na Rússia e em diversos países) e expressou gratidão aos EUA por seu apoio diplomático progressivo à ilha.

​Obrigado por defender os desejos e melhores interesses do povo de Taiwan. Eles incluem democracia e liberdade do comunismo, autoritarismo e crimes contra a humanidade. China sonha em emular o Talibã, mas deixe-me ser franco: temos a vontade e os meios para nos defender.

O diplomata não entrou em detalhes sobre o significado que teria a parte "China tentar 'emular' o Talibã", mas acompanhou o tweet com um vídeo de uma recente coletiva de imprensa do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price.

No briefing, que ocorreu na quinta-feira (19), Price declarou que Washington "continuará a apoiar uma resolução pacífica das relações com os desejos e melhores interesses para o povo de Taiwan", e instou Pequim "a cessar suas atividades militares e diplomáticas e pressão econômica contra Taipé". O porta-voz também pontuou que a China deveria "engajar-se em um diálogo significativo" com a ilha.

Em outro momento durante as declarações, Price disse que "eventos em outras partes do mundo, seja no Afeganistão ou em qualquer outra região, não vão mudar isso [o apoio a Taiwan]", em uma aparente concordância com os comentários recentes do presidente Joe Biden sobre a ilha autogovernada.

© REUTERS / Mandel NganNed Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, fala no Departamento de Estado em Washington, EUA, 30 de março de 2021
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Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, fala no Departamento de Estado em Washington, EUA, 30 de março de 2021

Na quinta-feira (19), Biden afirmou que havia uma "diferença fundamental" entre a retirada dos EUA do Afeganistão e os compromissos estadunidenses com Taiwan, Coreia do Sul, Japão e a OTAN.

"Há uma diferença fundamental entre eles – entre Taiwan, Coreia do Sul, OTAN [e Afeganistão]. Estamos em uma situação em que eles estão – entidades com as quais fizemos acordos baseados não em uma guerra civil que eles estão tendo naquela ilha ou na Coreia do Sul, mas em um acordo onde eles têm um governo de unidade, que, de fato, está tentando evitar que os maus façam coisas ruins a eles", declarou o mandatário conforme noticiado.

O presidente norte-americano também ressaltou que Washington "assumiu um compromisso sagrado com o Artigo 5º que, se de fato alguém invadisse ou tomasse medidas contra nossos aliados da OTAN, nós responderíamos. O mesmo com o Japão, o mesmo com a Coreia do Sul, o mesmo com Taiwan".

Na sexta-feira (20), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, reagiu aos comentários de Biden, dizendo a repórteres que Taiwan é uma parte inalienável da China e que "ninguém deve subestimar a resolução, determinação e forte capacidade do povo chinês de defender a soberania nacional e a integridade territorial".

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