Militantes do Hezbollah são detidos no Líbano após grupo disparar cerca de 20 foguetes contra Israel

© AFP 2023 / Jalaa MareyNa cidade de Metula, no norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano, pessoas hasteiam bandeiras do Hezbollah, Líbano e Palestina durante manifestação em solidariedade aos palestinos, nos arredores da aldeia do sul do Líbano de Kfarkila. Foto de arquivo
Na cidade de Metula, no norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano, pessoas hasteiam bandeiras do Hezbollah, Líbano e Palestina durante manifestação em solidariedade aos palestinos, nos arredores da aldeia do sul do Líbano de Kfarkila. Foto de arquivo - Sputnik Brasil, 1920, 06.08.2021
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O grupo militante Hezbollah disparou vários foguetes contra Israel nesta sexta-feira (6), e Israel respondeu com artilharia em uma escalada significativa entre os dois lados.

Citando as Forças de Defesa de Israel (FDI), o jornal Times of Israel informou que dez projéteis foram interceptados pelo sistema de defesa antiaérea Cúpula de Ferro e seis atingiram a área montanhosa de Har Dov e outros três foguetes não conseguiram desviar de obstáculos e caíram em território libanês. Nenhuma vítima foi relatada.

O Hezbollah reconheceu que lançou foguetes em um terreno aberto perto de posições israelenses em resposta aos ataques aéreos israelenses no sul do Líbano. Israel, por sua vez, disse que fez esses ataques em resposta a foguetes que partiram do sul do Líbano nos últimos dias, que não foram reivindicados por nenhum grupo.

O exército libanês disse que prendeu quatro pessoas que estavam envolvidas no lançamento de foguetes e confiscou o lançador de foguetes. O exército libanês afirmou ainda que as tropas libanesas e as forças de paz da ONU estão tomando todas as medidas para restaurar a paz.

O Hezbollah divulgou um comunicado dizendo que o lançamento ocorreu "em uma área arborizada totalmente longe de áreas residenciais, para preservar a segurança dos cidadãos" e que "vários cidadãos" da região interceptaram os combatentes, reporta a agência Reuters.

Esta sexta-feira (6) marca o terceiro dia de ataques ao longo da fronteira entre Israel e Líbano. Tel Aviv afirmou que disparou de volta e o primeiro-ministro Naftali Bennett rapidamente convocou uma reunião com as principais autoridades de Defesa do país.

"Não desejamos uma guerra total, mas é claro que estamos muito preparados para isso", disse o tenente-coronel Amnon Shefler, porta-voz das FDI.
CC BY 2.0 / cavalry scout / Infantaria das FDIForças de Defesa de Israel (FDI) (foto de arquivo)
Militantes do Hezbollah são detidos no Líbano após grupo disparar cerca de 20 foguetes contra Israel - Sputnik Brasil, 1920, 06.08.2021
Forças de Defesa de Israel (FDI) (foto de arquivo)

Escalada de tensões

Israel há muito considera o Hezbollah, com sede no Líbano, uma ameaça militar séria e imediata. Os ataques desta sexta-feira (6) ocorrem um dia depois de o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz advertir que seu país está preparado para atacar o Irã após um ataque de drone fatal a um petroleiro que Tel Aviv atribuiu a Teerã.

Israel estima que o Hezbollah possui mais de 130.000 foguetes e mísseis capazes de atingir qualquer lugar do país. Nos últimos anos, Israel também expressou preocupação de que o grupo esteja tentando importar ou desenvolver um arsenal de mísseis guiados com precisão.

O Hezbollah conta com forte apoio entre os xiitas, que são a maioria no sul do Líbano, onde seus combatentes ajudaram a expulsar as forças israelenses que ocuparam a área até o ano 2000.

Mas seu poderoso arsenal tem sido um ponto de conflito no Líbano, onde seus oponentes políticos dizem que o arsenal mina o Estado libanês e deveria ser entregue ao exército do país.

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