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Em depoimentos, Miranda confirma pressão pela Covaxin e reverendo revela detalhes de negociações

© Foto / Agência Senado / Pedro FrançaIrmãos Miranda chegam para depor na CPI da Covid, Brasília, 25 de junho de 2021
Irmãos Miranda chegam para depor na CPI da Covid, Brasília, 25 de junho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 03.08.2021
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O servidor da Saúde Luís Ricardo Miranda falou mais uma vez em depoimento à PF sobre pressão para liberar vacina indiana. Enquanto que na CPI da Covid, Amilton Gomes falou sobre uso de intermediários pelo Ministério da Saúde nas negociações.

O servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, irmão do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), que ficou conhecido pelas denúncias sobre pressões atípicas do governo para aprovar a importação da vacina indiana Covaxin, ratificou em depoimento à Polícia Federal suas falas anteriores e confirmou mais uma vez seu alerta sobre o caso ao presidente Bolsonaro.

Miranda contou que recebia telefonemas e mensagens perguntando sobre o andamento do processo de maneira insistente quando era chefe da divisão de importação do ministério.

Caso Covaxin

Seu depoimento foi prestado em 14 de julho no inquérito que apura suspeitas de crime de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro. Luís Ricardo Miranda afirma que seu irmão o levou para uma reunião no Palácio da Alvorada para narrar ao presidente as suspeitas de irregularidades e pressões envolvendo o contrato. Após as denúncias, o contrato de R$ 1,6 bilhão foi cancelado.

Miranda contou que as cobranças partiram de Alex Lial Marinho, que foi coordenador-geral da área de logística, de Roberto Ferreira Dias, diretor do Departamento de Logística na época, e de uma pessoa que se identificava como "Coronel Pires", que seria assessor da secretaria-executiva do ministério.

No entanto, Luís Ricardo Miranda não tem provas das conversas com Bolsonaro. Os senadores pediram ao STF a abertura do inquérito contra o presidente sob suspeita do crime de prevaricação.

Depoimento do reverendo

Já na CPI da Covid, nesta terça-feira (3) o reverendo Amilton Gomes de Paula, fundador de uma entidade privada chamada Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), que é organização evangélica que desenvolve projetos de ação sociocultural no Distrito Federal e em cidades do entorno, disse que acredita que foi "usado de maneira ardilosa".

Ele afirma que teria negociado, em nome do governo federal, a venda de 400 milhões de doses da AstraZeneca com a empresa Davati Medical Supply. O presidente da comissão Omar Aziz disse que Gomes de Paula "traz uma historia muito difícil de alguém acreditar".

Em seu depoimento ele ainda lamentou: "Vimos um trabalho de mais de 22 anos de uma ONG, entidade séria, voltada para ações humanitárias, educacionais, jogado na lama, trazendo prejuízo na sua credibilidade e atingindo seus integrantes nas relações profissionais e familiares".

O reverendo disse que "não estava negociando vacinas", mas, na verdade "indicando alguém que teria essas vacinas".

Amilton Gomes relatou que participou de uma reunião no dia 12 de março com Luiz Paulo Dominghetti e Cristiano Carvalho, que seriam representantes da empresa Davati e servidores do Ministério da Saúde para negociações da vacina AstraZeneca.

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