Fragmento de meteorito de 4,6 bilhões de anos encontrado em pegada de cavalo (FOTO)

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Meteoritos (ilustração artística) - Sputnik Brasil, 1920, 22.07.2021
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Um pequeno pedaço de rocha encontrado em um campo na Inglaterra é, na verdade, um pedaço de um meteorito raro que remonta aos primeiros dias do Sistema Solar, há cerca de 4,6 bilhões de anos.

O pedaço de meteorito foi encontrado em Gloucestershire, em março deste ano, por Derek Robson, residente de Loughborough e diretor de astroquímica na Organização de Pesquisa Astroquímica de Anglia Oriental (EAARO, na sigla em inglês). O fragmento de meteorito estaria na pegada da ferradura de um cavalo, segundo a Universidade de Loughborough, citada pelo portal Live Science.

A rocha espacial é um condrito carbonáceo, uma categoria rara de que consistem apenas 4% a 5% dos meteoritos encontrados na Terra. Esses meteoritos vêm do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter e se formaram no início da história do Sistema Solar. Curiosamente, estes meteoritos frequentemente contêm compostos orgânicos, ou portadores de carbono, incluindo os aminoácidos que constituem os blocos básicos de construção da vida. Tal fato levanta questões sobre se esses meteoritos contêm pistas de como os seres vivos surgiram pela primeira vez no Sistema Solar.
© Foto / EAARO 2019Fragmento de meteorito bilenar encontrado em pegada de cavalo no Reino Unido
Fragmento de meteorito de 4,6 bilhões de anos encontrado em pegada de cavalo (FOTO) - Sputnik Brasil, 1920, 22.07.2021
Fragmento de meteorito bilenar encontrado em pegada de cavalo no Reino Unido

Ao contrário de outros detritos espaciais, este pedaço de rocha não passou pelas colisões violentas e o calor intenso envolvidos na criação dos planetas e luas do Sistema Solar.

A rocha em questão é pequena, da cor do carvão e frágil, sendo constituída principalmente por minerais como olivina e filossilicatos, bem como por grãos redondos chamados côndrulos, rochas parcialmente fundidas e incorporadas ao asteroide quando ele se formou pela primeira vez, de acordo com Shaun Fowler, microscopista da Universidade de Loughborough.

De momento, pesquisadores da Universidade de Loughborough e da EAARO estão usando microscopia eletrônica para estudar a superfície do meteorito até o nanômetro (ou seja, um bilionésimo de metro), bem como técnicas chamadas de espectroscopia vibracional e difração de raios X, que lhes permitem alcançar a substância química estrutural dos minerais no meteorito.

Se a equipe conseguir confirmar a presença de aminoácidos na amostra, as descobertas podem revelar novas informações sobre como a geoquímica inicial do Sistema Solar preparou nosso planeta para a vida. Contudo, o exame do meteorito ainda está nos estágios iniciais.

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