Astrônomos descobrem maior cometa conhecido até agora, vindo dos confins do Sistema Solar (FOTO)

© Foto / P. Jenniskens / Instituto SETI Radiante chuva de meteoros em dados CAMS (pontos amarelos) do cometa Thatcher em 22 de abril de 2021
Radiante chuva de meteoros em dados CAMS (pontos amarelos) do cometa Thatcher em 22 de abril de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 19.07.2021
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Astrônomos revelaram que o objeto recém-identificado na periferia do Sistema Solar é aparentemente o maior cometa conhecido até agora, descoberto pela rede de telescópios do Observatório de Las Cumbres (LCO).

A descoberta do objeto, denominado C/2014 UN271 ou cometa Bernardinelli-Bernstein, foi anunciada pela primeira vez em 19 de junho de 2021 através do reprocessamento de dados da Dark Energy Survey, ou Pesquisa de Energia Negra, um projeto internacional entre 2013 e 2019 que buscava mapear objetos astronômicos como galáxias e supernovas, escreve portal SciTechDaily.

Naquele momento não havia nenhuma indicação de que este era um cometa ativo. O C/2014 UN271 estava chegando dos gélidos confins exteriores do Sistema Solar e eram necessárias imagens para descobrir quando o objeto revelaria a sua cauda de cometa.

O observatório de Las Cumbres conseguiu determinar rapidamente que o objeto era um cometa ativo, três anos após ter sido visto pela primeira vez pelo Dark Energy Survey.

© Foto / LOOK / LCOCometa C/2014 UN271 (Bernardinelli-Bernstein) visto em uma imagem composta de cores sintéticas feita pelo Observatório de Las Cumbres. A nuvem difusa é o coma do cometa
Astrônomos descobrem maior cometa conhecido até agora, vindo dos confins do Sistema Solar (FOTO) - Sputnik Brasil, 1920, 19.07.2021
Cometa C/2014 UN271 (Bernardinelli-Bernstein) visto em uma imagem composta de cores sintéticas feita pelo Observatório de Las Cumbres. A nuvem difusa é o coma do cometa
"Uma vez que o novo objeto estava longe no sul e bastante desfocado, sabíamos que não haveria muitos outros telescópios que pudessem observá-lo" afirma Tim Lister, cientista da equipe do LCO.

"Felizmente, o LCO tem uma rede de telescópios robóticos em todo o mundo, particularmente no Hemisfério Sul, e conseguimos obter rapidamente imagens dos telescópios LCO na África do Sul", explicou.

As imagens de um dos telescópios LCO sul-africanos chegaram na noite de segunda-feira, 22 de junho. Os astrônomos da Nova Zelândia que são membros do Projeto LCO foram os primeiros a notar o novo cometa.

"[…] A primeira imagem mostrava o cometa obscurecido por uma série de satélites. Mas outras [imagens] eram suficientemente nítidas e lá estava definitivamente um belo pontinho difuso, e não tão nítido como as estrelas vizinhas", disse Michele Bannister da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia.

A análise das imagens do LCO mostraram que havia uma atmosfera difusa ao redor do objeto. Essa atmosfera, chamada coma, são fluxos de poeira e gás liberados, causados pelos efeitos da radiação solar e ventos solares sobre o núcleo do objeto. Tal indica que é de fato um cometa, embora esteja a uma distância notável: cerca de 2.896.819.200 km, mais do que o dobro da distância do Sol até Saturno.

Estima-se que o cometa tenha mais de 100 km de diâmetro, o que é mais de três vezes o tamanho do núcleo do segundo maior cometa conhecido até hoje, o Hale-Bopp, descoberto em 1995.

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