OMS propõe à China realização de 'fase 2' das investigações sobre origens do coronavírus

© Foto / Christopher Black / OMSDiretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante a reunião anual da agência das Nações Unidas, em 24 de maio de 2021
Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante a reunião anual da agência das Nações Unidas, em 24 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 16.07.2021
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Chefe da OMS apresenta plano para uma próxima fase de investigações aos Estados-membros, incluindo laboratórios e mercados de animais de Wuhan.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs na sexta-feira (16) uma segunda fase de estudos sobre as origens do coronavírus na China, incluindo auditorias de laboratórios e mercados em Wuhan, pedindo transparência das autoridades.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, apresentou o plano aos Estados-membros um dia depois de dizer que as investigações estavam sendo prejudicadas pela falta de dados brutos nos primeiros dias de disseminação da COVID-19 na China, segundo reportagem da Reuters.

O trabalho da "fase dois" exigiria estudos de humanos, vida selvagem e mercados de animais em Wuhan, incluindo o mercado atacadista de Huanan, disse ele em comentários divulgados pela agência.

Também exigiria "auditorias de laboratórios e instituições de pesquisa relevantes que operam na área dos casos humanos iniciais identificados em dezembro de 2019", disse Tedros.

Diplomatas disseram que a China, que resistiu a um retorno de cientistas internacionais, expressou objeções nas negociações a portas fechadas, dizendo: "Este plano não é uma base para estudos futuros".

© REUTERS / Thomas PeterSeguranças vigiam o Instituto de Virologia de Wuhan, na província de Hubei, China. Foto de arquivo
OMS propõe à China realização de 'fase 2' das investigações sobre origens do coronavírus - Sputnik Brasil, 1920, 16.07.2021
Seguranças vigiam o Instituto de Virologia de Wuhan, na província de Hubei, China. Foto de arquivo

Em uma entrevista coletiva, quando questionado sobre os comentários anteriores de Tedros sobre a necessidade de mais dados da China, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, explicou que alguns dados não puderam ser divulgados, pois envolviam informações pessoais.

Uma equipe liderada pela OMS passou quatro semanas na cidade de Wuhan e arredores com pesquisadores chineses e disse em um relatório conjunto em março que o vírus provavelmente foi transmitido de morcegos para humanos por meio de outro animal.

Mas países como os Estados Unidos e alguns cientistas exigiram mais investigações, particularmente no Instituto de Virologia de Wuhan, que estava conduzindo pesquisas em morcegos.

"Encontrar as origens deste vírus é um exercício científico que deve ser mantido livre da política. Para que isso aconteça, esperamos que a China apoie esta próxima fase do processo científico, compartilhando todos os dados relevantes em um espírito de transparência", disse Tedros.

A China classificou a teoria de que o vírus pode ter escapado de um laboratório de Wuhan de "absurda" e disse repetidamente que "politizar" a questão dificultaria as investigações.

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