EUA usam ajuda humanitária para 'sinistros objetivos políticos', afirma análise do MRE norte-coreano

© AP Photo / Vincent YuPessoas tiram fotos em frente à bandeira da Coreia do Norte e dos EUA, em Hanói, Vietnã, 24 de fevereiro de 2019
Pessoas tiram fotos em frente à bandeira da Coreia do Norte e dos EUA, em Hanói, Vietnã, 24 de fevereiro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 12.07.2021
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Artigo publicado no domingo (11) no site oficial do MRE da Coreia do Norte acusa Washington de tornar a ajuda estrangeira em um meio de pressão e controle sobre países desesperados por ajuda humanitária.

A análise, apresentada por Kang Hyon Chol, pesquisador sênior da Associação para Promoção do Intercâmbio Econômico e Tecnológico Internacional, afiliado ao ministério do país, fornece exemplos de negociações norte-americanas com Camboja, Paquistão, Afeganistão e países do Oriente Médio como argumentos confirmando que Washington utiliza ajuda "humanitária" para realizar um "esquema político sinistro" em todo o mundo.

Como exemplo, o analista afirma que os EUA utilizaram a promessa de "assistência humanitária" a fim de encorajar os sírios para se revoltarem contra seu governo. Porém, do ponto de vista do autor da matéria, tais ofertas são em sua essência "uma cortina de fumo para prosseguir a interferência nos assuntos internos dos países correspondentes".

De acordo com analista norte-coreano, os Estados Unidos utilizam a ajuda estrangeira como "um instrumento político para subordinar outros países política e economicamente". Ele nota também que, em muitos casos, Washington realmente acaba "arrecadando dinheiro" ao assegurar condições econômicas ou políticas vantajosas em troca de tão "trivial" assistência humanitária.

© AP Photo / Wong Maye-ECartaz publicitário retratando o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em Singapura
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Cartaz publicitário retratando o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em Singapura
O especialista aconselha os países com "sofrimentos e dores" a não pedir a ajuda aos Estados Unidos. "Na prática atual, muitos Estados sentiram gosto amargo como resultado de ter muita esperança a respeito da 'ajuda' [...] americana", afirmou.

A análise é publicada em um momento quando as relações entre Washington e Pyongyang permanecem tensas, após um curto período de diálogo entre os dois antigos rivais durante a administração Trump.

No mês anterior, o chanceler norte-coreano Ri Son-gwon rejeitou a proposta do enviado norte-americano para se encontrar "em qualquer lugar, em qualquer tempo", explicando que Pyongyang "não está considerando sequer a possibilidade de qualquer contato com os Estados Unidos". O alto diplomata norte-coreano afirmou que tais negociações fariam pouco além de "tomar tempo precioso".

Recentemente, os EUA propuseram levantar as sanções e fornecer ajuda à Coreia do Norte sob condição de que esse Estado tome medidas para desnuclearização. Pyongyang rejeitou as ofertas como impossíveis ante as atuais tensões militares na região.

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