China diz que tomará 'medidas necessárias' para defender empresas presentes em lista negra dos EUA

© AFP 2023 / Ng Han GuanO porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, gesticula durante reunião em Pequim, China. Foto de arquivo
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, gesticula durante reunião em Pequim, China. Foto de arquivo - Sputnik Brasil, 1920, 10.07.2021
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Na sexta-feira (9), os EUA sancionou 14 empresas chinesas por supostas "violações dos direitos humanos" e uso de tecnologia norte-americana para vigiar região autônoma Uigur de Xinjiang.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou na sexta-feira (9) que vai defender os interesses das empresas chinesas afetadas pelas sanções dos EUA, garantindo que as ações empreendidas por Washington acabam por só prejudicar investidores de vários países e os próprios EUA.

"A China tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas e impedir as tentativas dos EUA de interferir em nos assuntos internos da China", afirmou Wang Wenbin, porta-voz do MRE chinês durante entrevista coletiva.

Wang acrescentou que a lista negra norte-americana é um instrumento que se aplica sob pretexto de defender os direitos humanos para reprimir empresas e indústrias específicas na tentativa de desestabilizar e conter o desenvolvimento econômico da China.

As declarações do porta-voz ocorrem depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, colocou na lista negra 14 empresas e entidades chinesas por suposto envolvimento em "violações dos direitos humanos" e uso de tecnologia norte-americana contra grupos minoritários muçulmanos na região autônoma Uigur de Xinjiang, algo que Pequim negou repetidamente.

© AP Photo / Lintao ZhangXi Jinping, presidente da China (à direita), aperta a mão de Joe Biden, então vice-presidente dos EUA, no Grande Salão do Povo, em Pequim, na China, em 4 de dezembro de 2013
China diz que tomará 'medidas necessárias' para defender empresas presentes em lista negra dos EUA - Sputnik Brasil, 1920, 10.07.2021
Xi Jinping, presidente da China (à direita), aperta a mão de Joe Biden, então vice-presidente dos EUA, no Grande Salão do Povo, em Pequim, na China, em 4 de dezembro de 2013

'Politização das questões econômicas e comerciais'

O Departamento de Comércio dos EUA sancionou 34 entidades na sexta-feira (9). Além das empresas chinesas, há entidades da Rússia e do Irã, algumas das quais apoiam diretamente os programas de modernização militar de alta tecnologia da China.

As empresas incluídas nesta lista devem se inscrever para licenças especiais e passarão por um escrutínio rigoroso quando quiserem receber itens de fornecedores norte-americanos.

Além disso, esta semana os índices S&P Dow Jones e FTSE Russell excluíram mais empresas chinesas em cumprimento a uma ordem assinada por Biden que proíbe as empresas norte-americanas de investirem em empresas da China com supostas ligações com setores de tecnologia de vigilância. Estes índices são a base para bilhões de dólares em investimentos em ações e títulos.

Comentando a decisão desses índices, o porta-voz do MRE chinês criticou Washington pela "politização das questões econômicas e comerciais" e argumentou que os ataques contra entidades de seu país vão contra as regras internacionais e prejudicam investidores de várias nações, inclusive os próprios norte-americanos.

"A China está abrindo cada vez mais seu mercado de capitais. A exclusão de algumas empresas de certos índices internacionais não representa nenhum obstáculo para os investidores internacionais, que podem investir nelas de várias maneiras para dividir os dividendos do desenvolvimento da China", defendeu Wang.

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