Rocha espacial de 4,5 bilhões de anos caída no Reino Unido pode desvendar segredos da vida

© Foto / Museu de História NaturalFragmento do meteorito descoberto na cidade de Winchcombe, Reino Unido
Fragmento do meteorito descoberto na cidade de Winchcombe, Reino Unido - Sputnik Brasil, 1920, 09.07.2021
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Desde a descoberta no início de 2021, cientistas têm estudado o meteorito Winchcombe para entender sua mineralogia e química para aprender como o Sistema Solar se formou. Até o momento, já se sabe que a rocha contém ampla variedade de material orgânico.

Com apoio de um financiamento do Conselho de Instalações de Ciência e Tecnologia (STFC, sigla em inglês), os cientistas acreditam estar perto de desvendar origem do planeta, através de pesquisa realizada sobre o meteorito raríssimo que caiu no Reino Unido no início deste ano.

Os estudos sugerem que a rocha espacial remonta ao início do Sistema Solar, 4,5 bilhões de anos atrás. O meteorito Winchcombe, assim chamado em homenagem à cidade de Gloucestershire onde pousou, cerca de 165 quilômetros de Londres, é um tipo extremamente raro chamado condrito carbonáceo. É rochoso, rico em água, matéria orgânica e reteve sua química desde a formação do Sistema Solar.

Raro meteorito pode guardar segredos para a vida na Terra. No início deste ano, financiamos uma equipe de cientistas planetários de todo o Reino Unido, auxiliando na pesquisa do meteorito Winchcombe.

O STFC forneceu uma bolsa de urgência para financiar o trabalho de cientistas planetários em todo o Reino Unido. Desta maneira, o Museu de História Natural pôde investir em instalações de curadoria de última geração para preservar o meteorito, e também apoiar análises mineralógicas e orgânicas sensíveis ao tempo em laboratórios especializados em várias instituições importantes do Reino Unido.

A pesquisadora Ashley King, do programa Futuros Líderes do UK Pesquisa e Inovação do Departamento de Ciências da Terra no Museu de História Natural agradeceu pelo financiamento que proporciona o estudo do primeiro meteorito a ser recuperado em 30 anos no Reino Unido e o primeiro condrito carbonáceo do país.

"O financiamento do STFC está nos ajudando nesta oportunidade única de descobrir as origens da água e da vida na Terra […] temos conseguido investir em equipamento de última geração que contribuiu para nossa análise e pesquisa do meteorito Winchcombe", contou.

O cientista Luke Daly, da Universidade de Glasgow afirmou: "Ser capaz de investigar Winchcombe é um sonho que se tornou realidade […] Para que um meteorito condrito carbonáceo caia no Reino Unido e seja recuperado tão rapidamente e tenha uma órbita conhecida, é um evento realmente especial e uma oportunidade fantástica para a comunidade científica planetária do Reino Unido", entusiasmou-se.

Já Queenie Chan, do Royal Holloway da Universidade de Londres, acrescentou: "As análises preliminares da equipe confirmam que Winchcombe contém uma ampla variedade de material orgânico! Estudar o meteorito apenas algumas semanas após a queda, antes de qualquer contaminação terrestre significativa, sugere que realmente estamos perscrutando de volta no tempo com os ingredientes presentes no nascimento do sistema solar e aprendendo sobre como eles se uniram para formar planetas como a Terra", detalhou.

Um pedaço do meteorito Winchcombe está agora em exibição pública no Museu de História Natural de Londres.

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