'Amanhecer cósmico': astrônomos determinam quando surgiram primeiras estrelas após o Big Bang

© Foto / Pixabay / WikiImagesBig Bang
Big Bang - Sputnik Brasil, 1920, 26.06.2021
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Astrônomos do Reino Unido e dos EUA descobriram quando começaram a brilhar as primeiras estrelas do Universo. Eles afirmam que esse período, conhecido como "amanhecer cósmico", ocorreu entre 250 a 350 milhões de anos após o Big Bang.

A equipe analisou seis das galáxias mais distantes. Elas estão tão longe que mesmo usando os telescópios mais potentes do mundo as galáxias aparecem na tela do computador como meros pixels, escreve BBC.

Além disso, estas galáxias estão entre as primeiras a terem emergido no Universo e no momento em que suas imagens foram capturadas por telescópios na Terra elas são vistas não muito tempo depois do Big Bang.

Ao determinar sua idade, a equipe conseguiu calcular o início do amanhecer cósmico – o período quando se formaram as primeiras estrelas.

"Os teóricos especulam que o Universo foi um lugar escuro durante as primeiras centenas de milhões de anos, antes de as primeiras estrelas e galáxias terem se formado", disse Nicolas Laporte, autor principal do estudo e astrônomo do Instituto Kavli de Cosmologia e do Laboratório Cavendish da Universidade de Cambridge.

"Nossas observações indicam que o amanhecer cósmico ocorreu entre 250 e 350 milhões de anos após o início do Universo", notou.

Nicolas Laporte, junto com sua equipe, analisou a luz das estrelas das galáxias registradas pelos telescópios espaciais Hubble e Spitzer. Eles estimaram a idade das galáxias examinando a proporção de átomos de hidrogênio na atmosfera de suas estrelas. Quando mais antigas as estrelas, maior a proporção de átomos de hidrogênio.

Este marcador do hidrogênio aumenta em força à medida que a população estelar envelhece, mas diminui quando a galáxia é mais velha do que um bilhão de anos.

Estas medições permitiram aos pesquisadores confirmar que observar essas galáxias seria como olhar para o passado, quando o Universo tinha apenas 550 milhões de anos.

O estudo foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

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