Rochas revelariam 'mecanismo' de uma das maiores extinções em massa do mundo

© REUTERS / YouTube / Joey HelmsVídeo de drone mostra lava fluindo do vulcão em Fagradalsfjall, península de Reykjanes, Islândia, 24 de maio de 2021
Vídeo de drone mostra lava fluindo do vulcão em Fagradalsfjall, península de Reykjanes, Islândia, 24 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 24.06.2021
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Pesquisadores dos EUA, Canadá, China e Suíça examinaram a composição isotópica de rochas na China e no Canadá, de forma a saber como vulcões levaram a uma das maiores extinções em massa de todos os tempos.

Cientistas afirmam ter descoberto a razão da extinção em massa de há quase 252 milhões de anos, informa um comunicado de sexta-feira (18) da Universidade do Norte do Arizona, EUA.

Segundo pesquisadores, que também vieram do Canadá, China e Suíça, a atividade vulcânica na atual Sibéria deixou vestígios de um isótopo de níquel que alterou a química dos oceanos do planeta, acabando por sufocar uma grande maioria dos animais em todo o mundo.

Foi em Meishan, uma prefeitura da província de Zhejiang, China, conhecida há décadas como marcando a fronteira entre os períodos Permiano e Triássico, que os cientistas descobriram uma concentração de níquel dentro de uma faixa de rocha comprimida.

"O níquel é um metal residual essencial para muitos organismos, mas um aumento na abundância de níquel teria impulsionado um surto incomum na produtividade de metanogênicos, microrganismos que produzem gás metano", diz a geoquímica Laura Wasylenki, da Universidade do Norte do Arizona.

A equipe de investigadores também estudou amostras de xisto negro retiradas do Ártico no Canadá, tentando descobrir como isso afetaria a concentração do oxigênio.

Foi descoberto um declínio de níquel, apesar de um nível estável do isótopo, levando os pesquisadores a concluir que micróbios o conseguiram consumir em grandes quantidades, e assim privar os oceanos de oxigênio e carbono, necessários para a vida, ao longo de centenas de milhares de anos.

"Nossos dados fornecem uma ligação direta entre a dispersão global de aerossóis ricos [em níquel], mudanças na química oceânica e o evento da extinção em massa", relatou Wasylenki sobre o estudo, que foi publicado na revista Nature Communications.

A Extinção do Permiano-Triássico, que ocorreu cerca de há 251,9 milhões de anos atrás, foi a maior dos últimos 540 milhões de anos na Terra, matando cerca de 90% das espécies marinhas e 75% das espécies terrestres do nosso planeta, explica a Universidade do Norte do Arizona, EUA. Trata-se também da única extinção de insetos em massa conhecida.

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