Israel limitará drasticamente controversas buscas domiciliares na Cisjordânia

© REUTERS / Mussa Issa QawasmaPoliciais de fronteira israelenses durante protesto em Belém, na Cisjordânia ocupada por Israel, 15 de junho de 2021
Policiais de fronteira israelenses durante protesto em Belém, na Cisjordânia ocupada por Israel, 15 de junho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 16.06.2021
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Tel Aviv indica que a prática de buscas domiciliares noturnas nos territórios da Cisjordânia, consideradas invasivas por grupos de direitos humanos, será fortemente restringida.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) limitarão substancialmente sua prática controversa de conduzir operações de coleta de informações em casas palestinas, anunciou um comunicado da instituição, citado na quarta-feira (16) pelo jornal The Times of Israel.

"Agora, e de acordo com a atual avaliação de segurança, a atividade de 'mapeamento de estruturas' não será mais usada na Judeia e Samaria, exceto em circunstâncias extraordinárias", dizem as FDI, se referindo à Cisjordânia por seu nome bíblico.

O "mapeamento de casas" tem sido uma prática comum, mas controversa, utilizada por Israel para garantir a segurança na Cisjordânia. Os militares há muito que vêm defendendo tais operações como um importante instrumento de coleta de informações, enquanto grupos de direitos humanos condenam a prática como arbitrária e invasiva.

Em tais operações, os soldados israelenses entram em uma casa palestina praticamente sem aviso, muitas vezes no meio da noite, para reunir informações sobre o edifício e seus moradores. Os soldados frequentemente acordam os moradores, ordenando-lhes que saiam da cama para tirar fotos e registrar números de identificação.

As FDI se recusam a explicar como as casas são escolhidas para tais operações, alegando que não revelam os critérios por razões de segurança. Foi referido ainda que a prática continuará de forma mais limitada, nos casos em que "haja uma necessidade concreta de segurança operacional. Mas cada ação individual exigirá a permissão dos comandantes israelenses seniores".

Grupos de direitos humanos de esquerda, que há muito criticam a prática, elogiaram a decisão como um "sucesso importante".

"As invasões domiciliares são algumas das práticas mais cruéis e generalizadas experimentadas pelos palestinos que vivem sob ocupação. Mesmo que esta prática continue, pelo menos paramos o mapeamento de estruturas", comentou em um tweet Lior Amihai, que dirige o grupo de direitos humanos Yesh Din. 

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