Após 16 anos na legenda e sendo um de seus maiores representantes, o deputado federal, Marcelo Freixo, anunciou hoje (11) que vai deixar PSOL ao mesmo tempo que confirmou sua filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e sua pré-candidatura a governador do Rio de Janeiro.
Em uma série de tweets nesta manhã, Freixo contou um pouco de sua história junto ao partido dizendo que mesmo não fazendo mais parte, ele e seus colegas psolistas continuaram juntos "na mesma trincheira de defesa da vida, da democracia e dos direitos do povo brasileiro".
Hoje, encerro esse ciclo com a certeza de que apesar de não estarmos juntos daqui para a frente no mesmo partido seguiremos na mesma trincheira de defesa da vida, da democracia e dos direitos do povo brasileiro. 👇
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) June 11, 2021
Freixo também chamou atenção para o fato de que as eleições de 2022 "serão um plebiscito nacional sobre a Constituição de 1988" se ela "ainda existir". Para o deputado, a democracia está em risco com o bolsonarismo, e, portanto, é um "dever histórico derrotar Bolsonaro nas urnas e o bolsonarismo enquanto projeto de sociedade".
As eleições de 2022 serão um plebiscito nacional sobre a Constituição de 1988, se ela ainda valerá no Brasil. Por isso nós democratas não temos o direito de errar: do outro lado está a barbárie da fome, da morte e da devastação. 👇
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) June 11, 2021
Sobre sua filiação ao PSB e a candidatura a governador, Freixo disse que se filia ainda esse mês, de acordo com sua entrevista para revista Veja hoje (11).
"A mudança faz parte de um projeto nacional que também inclui a filiação ao mesmo partido do governador do Maranhão, Flávio Dino [do PCdoB]. No meu caso, estou olhando para dois cenários, o do Rio e o nacional. Falta mais de um ano, mas estou à disposição para construir essa alternativa para o Rio", disse o deputado.
Ainda sobre as eleições para o ano que vem, Freixo diz que mais do que ser uma disputa entre a direita e a esquerda, se constitui nesse momento "uma luta da civilização contra a barbárie".
"A disputa no Rio, especialmente, não é da direita contra a esquerda, mas da civilização contra a barbárie. O PSOL estará conosco, mas, sem dúvida, teria mais dificuldades de fazer uma frente tão abrangente quanto a que se faz necessária", explica.
Atualmente, Marcelo Freixo é um dos principais atores da oposição no país, sempre chamando atenção para questões sociais, educacionais e de direitos humanos. Foi com sua liderança que aconteceu as CPIs das Milícias, do Tráfico de Armas e Munições e dos Autos de Resistência no Rio de Janeiro, as denúncias sobre os esquemas de corrupção ligados aos ex-governadores Sergio Cabral e Pezão também tiveram amplamente sua participação.