Macron anuncia fim da Operação Barkhane no Sahel, na África, com criação de coalizão internacional

© REUTERS / Pascal RossignolEmmanuel Macron, presidente da França, gesticula durante coletiva de imprensa no Palácio do Eliseu em Paris, França, 10 de junho de 2021
Emmanuel Macron, presidente da França, gesticula durante coletiva de imprensa no Palácio do Eliseu em Paris, França, 10 de junho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 10.06.2021
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O presidente francês afirmou que "nosso compromisso no Sahel não será da mesma forma", anunciando que centenas de tropas do país europeu trabalhariam com uma coalizão internacional na região africana.

Emmanuel Macron, presidente da França, anunciou nesta quinta-feira (10) uma revisão das operações militares francesas na região de Sahel, África, dizendo que a força presente na área não existiria mais em sua forma atual, relata a agência britânica Reuters.

"Chegou a hora: a continuação de nosso compromisso no Sahel não será da mesma forma", disse Macron em uma coletiva de imprensa, pedindo uma "transformação profunda" e uma nova "aliança internacional que reúna os Estados da região", e criticando a colaboração de países do Sahel com os militantes, que estariam ligados à Al-Qaeda e o Daesh (organizações terroristas, proibidas na Rússia e em vários outros países).

Segundo o presidente francês, os detalhes das mudanças seriam finalizados até o fim de junho após consultas com os EUA, países europeus envolvidos no conflito na região, bem como cinco países do Sahel: Mali, Níger, Chade, Burkina Faso e Mauritânia.

No entanto, Macron revelou que centenas de efetivos das forças especiais francesas trabalhariam com exércitos europeus, do Mali e do Níger, contra os militantes.

Nos últimos dias, Assimi Goita, coronel de Mali, derrubou o presidente do país, o segundo a sofrer o destino em nove meses, um passo que o presidente da França descreveu como um "golpe dentro de um golpe", tendo suspendido temporariamente operações conjuntas com o país africano na última quinta-feira (3).

As forças da França em Sahel reúnem atualmente cerca de 5.100 soldados, compondo a grande maioria das forças antimilitantes na região, sendo que a Suécia, República Tcheca, Reino Unido, Dinamarca e Estônia também oferecem apoio direto no conflito.

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