Especialistas dos EUA apontam fragilidades das bases norte-americanas pelo mundo afora

© REUTERS / Cheriss MayA Marine salutes as U.S. President Joe Biden boards Marine One from the Air National Guard military base in New Castle, Delaware, U.S., after a weekend trip to his home in Wilmington, May 17, 2021.
A Marine salutes as U.S. President Joe Biden boards Marine One from the Air National Guard military base in New Castle, Delaware, U.S., after a weekend trip to his home in Wilmington, May 17, 2021. - Sputnik Brasil, 1920, 04.06.2021
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O think tank norte-americano Centro de Avaliações Estratégicas e Orçamentárias diz que as bases dos EUA precisam de muito mais meios de defesa para sobreviver a ataques.

As bases militares dos EUA em todo o mundo estão vulneráveis a ataques da China e da Rússia, crê um relatório do Centro de Avaliações Estratégicas e Orçamentárias (CSBA, na sigla em inglês), um think tank dos EUA.

As mais de 800 bases de Washington têm sido consideradas seguras e pouco vulneráveis desde 1945, mas os especialistas do think tank apontam que sua defesa agora tem de ir além dos sistemas de defesa antiaérea e antimísseis, que remontam à Guerra Fria, enquanto os possíveis adversários conseguiram modernizar suas capacidades de ataque.

Como exemplo, a China tem 1.200 mísseis balísticos de curto alcance e mais 200 a 300 capazes de atingir a segunda cadeia de ilhas do mar do Sul da China, além de 1.000 mísseis de cruzeiro terrestres com um alcance de pelo menos 1.500 quilômetros. Pequim também tem bombardeiros estratégicos H-6 e no futuro poderá ter bombardeiros furtivos H-20, capazes de atingir território norte-americano.

Moscou, por sua vez, escrevem os especialistas, representa uma ameaça às bases de Washington na Europa através de seu grande arsenal de armas nucleares táticas, sistemas balísticos Iskander-M de curto alcance e uma ampla gama de mísseis de cruzeiro terrestres, marítimos e aéreos. O Pentágono está particularmente preocupado com os mais recentes sistemas de ataque hipersônicos da Rússia.

Devido a incidentes como o ataque do Irã a uma base norte-americana no Iraque em janeiro de 2020, em resposta à morte do general iraniano Qassem Soleimani, bem como à incapacidade dos sistemas de defesa antiaérea Patriot em rechaçar os ataques de houthis iemenitas na Arábia Saudita, o CSBA conclui que é necessário implementar uma defesa antimíssil multinível com tecnologias avançadas.

Armas avançadas

Essas incluem redes de drones com sensores potentes, que poderão vigiar as possíveis trajetórias de mísseis inimigos, detectar alvos balísticos e transmitir dados para outras plataformas, bem como caças e drones que terão o objetivo de interceptar mísseis desde longas distâncias, com alguns dos drones tendo lasers de combustível sólido com uma potência de 100 a 150 kilowatts, que podem abater aeronaves e munições em linha de visada direta.

O Pentágono espera receber até 2022 os primeiros exemplares de lasers terrestres de 300 kilowatts, que conseguirão destruir drones, mísseis de cruzeiro e, em perspectiva, aeronaves tripuladas. Um grande benefício da arma é seu preço, um disparo custa apenas US$ 100 (R$ 507,87), em comparação com os Patriot, cujo míssil custa cerca de US$ 5 milhões (R$ 25,39 milhões).

Até 2024 o Exército dos EUA deve receber canhões de micro-ondas THOR, que criam um poderoso pulso eletromagnético capaz de desativar enxames de pequenos drones e mísseis de cruzeiro. A última linha de defesa será composta por sistemas de artilharia M109, que poderão no futuro usar o projétil hipersônico avançado HVP, que pode ser usado contra alvos aéreos criando densas nuvens de fragmentos metálicos em frente aos mísseis.

Esta densidade de defesa permitirá às bases norte-americanas criar um raio de defesa seguro de cerca de 250 milhas náuticas, ou 460 quilômetros, mas ainda não existe um sistema antiaéreo capaz de sobreviver a um ataque concentrado e continuado, preveem os especialistas.

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