Drones da Rússia e China podem ser confundidos com OVNIs nos EUA, sugere astrofísico

© Foto / YouTube/secureteam10/Captura do EcrãGrande nave extraterrestre com luz intermitente
Grande nave extraterrestre com luz intermitente - Sputnik Brasil, 1920, 31.05.2021
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Os objetos voadores não identificados, geralmente conhecidos como OVNIs, sobre os quais as autoridades dos EUA estão coletando informações, podem, de fato, ser drones russos ou chineses, opina o astrofísico norte-americano, Adam Frank, em um editorial publicado no jornal The News York Times.

Recentemente, a NASA concedeu a Adam Frank uma bolsa, já que ele e a sua equipe fazem parte da pesquisa do programa Busca de Inteligência Extraterrestre (SETI, na sigla em inglês). Nesse estudo, com a ajuda de telescópios, os pesquisadores procuram em exoplanetas possíveis vestígios de vida inteligente.

"Eu entendo que os avistamentos de OVNIs, que datam de pelo menos 1947, são sinônimos na imaginação popular de evidências extraterrestres. Mas cientificamente falando, há pouco que garanta essa conexão", disse o astrofísico.

"Há excelentes motivos para procurar vida extraterrestre, mas há igualmente excelentes razões para não concluir que encontramos evidências disso [vida extraterrestre] com avistamento de OVNIs", notou Frank.

© Foto / Twitter / @rosemontsenecaCaptura de tela de um vídeo que mostra o suposto OVNI visto por alguns residente da Flórida
Drones da Rússia e China podem ser confundidos com OVNIs nos EUA, sugere astrofísico - Sputnik Brasil, 1920, 31.05.2021
Captura de tela de um vídeo que mostra o suposto OVNI visto por alguns residente da Flórida

O cientista observa que além de vídeos pouco nítidos e relatos de testemunhas que ficaram muito impressionadas, o fenômeno dos OVNIs tem "explicações mais prosaicas" do que civilizações extraterrestres tentando permanecer ocultas, mas sendo constantemente capturadas por câmeras.

"Por exemplo, é possível que os OVNIs sejam drones lançados por rivais como a Rússia e China para analisar as nossas defesas – atraindo os nossos pilotos a acionarem radares e outros detectores, revelando assim as nossas capacidades de inteligência eletrônica [os EUA já usaram uma estratégia semelhante para testar as sensibilidades dos sistemas de radar soviéticos]. Esta hipótese pode parecer improvável, mas é menos extrema do que sugerir uma visita de extraterrestres", afirmou o astrofísico.

De acordo com Frank, usar telescópios potentes na busca de evidências de extraterrestres em planetas distantes da Terra é muito mais promissor, pois podem ser capazes de encontrar as chamadas "tecnoassinaturas" de vida inteligente. Embora tenha recordado que tais descobertas, se feitas, levariam bastante tempo para verificá-las novamente antes que pudessem ser apresentadas ao público.

"O trabalho da ciência, embora seja interessante, é, em sua maior parte, meticulosamente metódico e chato. Mas esse é o preço que pagamos porque não queremos apenas acreditar. Queremos saber", concluiu o cientista.

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