Microsoft volta a culpar Rússia por ataque cibernético a mais de 150 organizações

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Microsoft - Sputnik Brasil, 1920, 28.05.2021
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Mais de 150 organizações foram afetadas pelo mesmo grupo de hackers responsável pelo incidente SolarWinds em dezembro de 2020, anunciou a Microsoft.

Segundo a companhia de software, os ataques cibernéticos teriam o objetivo de enfraquecer agências envolvidas na coleta de informação por razões de política exterior.

"A [nova] onda de ataques teve como alvo aproximadamente três mil contas de e-mail em mais de 150 organizações diferentes. Embora as organizações nos EUA tenham sido alvos da maior parte dos ataques, as vítimas afetadas abrangeram cerca de 24 países. Pelo menos um quarto das organizações visadas estavam envolvidas em atividades internacionais de desenvolvimento, trabalho humanitário e direitos humanos. Nobelium, um grupo de hackers originário da Rússia, é o mesmo ator por trás dos ataques a clientes da SolarWinds em 2020 ", declarou a Microsoft em um comunicado divulgado na quinta-feira (27).

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin em Moscou, disse nesta sexta-feira (28), que o conteúdo do comunicado era "absurdo", e que a companhia de software em questão deveria clarificar e justificar suas alegações.

"[...] Devemos entender que tipo de grupos são, por que estão ligados à Rússia, quem realmente atacou o quê, o que levou a tal acontecer, e como a Microsoft sabe disso? Não posso comentar, não temos informações. Isso foi o que a Microsoft disse. Portanto, a Microsoft deve esclarecer essas questões", comentou o porta-voz russo.

No início de 2021, a Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura dos EUA (CISA, na sigla em inglês) publicou uma declaração do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) e outras instituições norte-americanas sugerindo que teria sido a Rússia quem organizou o ataque cibernético em massa.

Desse modo, os EUA impuseram sanções contra 32 entidades e indivíduos russos. Além disso, proibiram as instituições financeiras norte-americanas de comprarem títulos do governo russo a partir de 14 de junho de 2021. Porém, o Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que tais sanções são contra os interesses de ambos os países, e as acusações, por sua vez, infundadas.

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