Deputado russo: fala da UE sobre eleições 'não democráticas' na Síria ameaça processo de paz no país

© REUTERS / SANAAsma, mulher do presidente sírio, Bashar Assad, vota durante as eleições presidenciais em Douma, na Síria, 26 de maio de 2021
Asma, mulher do presidente sírio, Bashar Assad, vota durante as eleições presidenciais em Douma, na Síria, 26 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 27.05.2021
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Os observadores russos não registraram violações sérias durante as eleições presidenciais na Síria nesta quarta-feira (26), anunciou Leonid Slutsky, chefe do Comitê para Assuntos Internacionais da câmara baixa do Parlamento russo.

O chefe da diplomacia da UE, Josep Borell, declarou recentemente que, de acordo com avaliações da União Europeia, as eleições presidenciais na Síria não decorreram de acordo com os critérios de votação democrática.

"As declarações sobre o caráter não democrático da votação não correspondem à realidade. Os observadores da Rússia não registraram violações sérias que pudessem influenciar a legitimidade dos resultados do processo eleitoral. Segundo seus testemunhos, todos os sírios que se encontravam no país tiveram a possibilidade de votar, enquanto a organização das eleições esteve em total conformidade com todas as normas e padrões internacionais", disse Slutsky aos jornalistas.

Conforme disse à Sputnik o senador Konstantin Kosachev, vice-presidente do Conselho da Federação, tal posicionamento da União Europeia prejudica a regularização pacífica da situação na Síria, sendo simultaneamente uma interferência nos assuntos internos sírios.

Segundo o senador russo, "quaisquer avaliações que venham agora da União Europeia após as eleições na Síria são, por definição, irrelevantes pela razão de que a UE avaliou estas eleições mesmo antes de serem organizadas e realizadas".

"Esta posição tomada pela União Europeia é uma interferência inaceitável nos assuntos internos da Síria", disse.

Segundo o senador, "o que não é menos perigoso, esta posição é na verdade, um golpe em todo o frágil processo interno de regularização síria". Kosachev enfatizou que negar legitimidade à força política liderada pelo atual presidente Bashar Assad, que é membro do Comitê Constitucional trilateral, significa "um golpe direto na capacidade do Comitê Constitucional e, consequentemente, nas perspectivas de um acordo pacífico interno sírio".

O senador observou que não há alternativa ao trabalho do comitê e que ele deve ser apoiado.

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