Alta comissária da ONU diz que ataques na Faixa de Gaza poderão ser considerados 'crimes de guerra'

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Sede da ONU - Sputnik Brasil, 1920, 27.05.2021
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Alta comissária do Conselho dos Direitos Humanos da ONU comentou, nesta quinta-feira (27), que seria possível que as forças de Israel tenham cometido crimes de guerra durante seu confronto armado de 11 dias com o grupo palestino Hamas.

Tamanhas declarações surgiram em uma sessão aberta de um dia de duração para a discussão da "grave crise humanitária em vigor" em Gaza, na Cisjordânia, e em Jerusalém Oriental. A alta comissária, Michelle Bachelet, afirmou que o lançamento de foguetes por parte do Hamas durante o conflito era uma clara e grave violação das regras de guerra internacionais, informa a agência AP.

Bachelet declarou ante o Conselho da ONU que os mais recentes eventos ocorridos nos locais acima mencionados consistiam na "escalada de hostilidades mais significante desde 2014". No final do conflito, do lado de Gaza, pelo menos 248 pessoas morreram, das quais 66 eram crianças e 39 eram mulheres. Do lado israelense, por sua vez, apenas 12 mortes foram registradas, duas delas de crianças.

"Os ataques aéreos em áreas densamente povoadas resultaram em um alto nível de mortes e feridos civis, bem como na destruição generalizada da infraestrutura civil", disse Bachelet. "Estes ataques podem constituir crimes de guerra", acrescentou, citada pela mídia.

© REUTERS / Suhaib SalemMenino segura vela no local onde uma casa foi destruída por ataques aéreos israelenses, em Gaza em 23 de maio de 2021
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Menino segura vela no local onde uma casa foi destruída por ataques aéreos israelenses, em Gaza em 23 de maio de 2021

A alta-comissária de Direitos Humanos da ONU chamou a atenção às táticas de ataque do Hamas, uma vez que os "foguetes não conseguem distinguir entre sujeitos militares e civis, e sendo assim, seu uso constitui uma clara violação do Direito Internacional Humanitário", citada na matéria.

Por outro lado, e de igual modo, Bachelet também chamou atenção para Israel, para que se autorize uma investigação independente sobre suas ações militares no mais recente espasmo de violência mortal.

Normalmente suportado pelos EUA, Tel Aviv acusa o Conselho de ser anti-Israel, tendo já recusado cooperar em outras tentativas de investigação anteriores. No entanto, até Washington já avisou o Estado judeu que nem sempre pode interceder a seu favor.

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