Astrônomos descobrem galáxia gêmea da Via Láctea a 320 milhões de anos-luz da Terra (FOTO)

© NASA . ESA / Hubble & NASA, J. Lee e a equipe PHANGS-HST, Agradecimento: Judy SchmidtA galáxia espiral "Olho do Mal" em imagem capturada pelo Telescópio Espacial Hubble.
A galáxia espiral Olho do Mal em imagem capturada pelo Telescópio Espacial Hubble. - Sputnik Brasil, 1920, 25.05.2021
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Astrônomos da Austrália e Alemanha estudaram em detalhe uma galáxia muito semelhante à Via Láctea e descobriram que a geração estelar mais antiga e mais tardia se localizam nela da mesma forma quem em nossa galáxia.

Portanto, os autores concluíram que a presença de duas gerações de estrelas é uma característica típica de galáxias espirais, e não uma característica ímpar da Via Láctea como se considerava anteriormente.

De acordo com as concepções modernas, a Via Láctea teria tido uma formação única que seria originada na sequência da colisão e fusão de várias galáxias.

Segundo os astrônomos, a evidência disso é a presença de estrelas mais antigas com metalicidade muito baixa que se formaram na etapa inicial da criação do Universo. Especificamente, tais estrelas são detectadas em halos galácticos que se estendem para além da parte visível de nossa galáxia e também no chamado disco "grosso".

O novo estudo questiona a singularidade da Via Láctea, e sugere que diferentes gerações de estrelas são o resultado do caminho natural de desenvolvimento que as galáxias espirais seguem.

A descoberta foi feita por uma equipe liderada por Nicholas Scott e Jesse van de Sande, do Centro de Excelência para Astrofísica de Todo o Céu em 3D (ASTRO 3D, na sigla em inglês), e universidades australianas e alemãs.

© Foto / Jesse van de Sande / European Southern ObservatoryImagem da galáxia espiral UGC 10738 localizada a 320 milhões de anos-luz da Terra
Astrônomos descobrem galáxia gêmea da Via Láctea a 320 milhões de anos-luz da Terra (FOTO) - Sputnik Brasil, 1920, 25.05.2021
Imagem da galáxia espiral UGC 10738 localizada a 320 milhões de anos-luz da Terra

Os astrônomos obtiveram pela primeira vez uma imagem detalhada da galáxia UGC 10738 e descobriram que ela também possui um disco fino e um disco grosso semelhantes aos da Via Láctea.

Isso sugere que, ao contrário de teorias anteriores, estas estruturas não são o resultado de uma rara colisão com uma galáxia menor. Essa teoria altera a atual concepção, significando que nossa galáxia espiral não é o produto de um acidente anormal.

"Tendo em conta estes resultados consideramos que galáxias com as estruturas e propriedades particulares da Via Láctea poderiam ser descritas como 'normais'", disse Nicholas Scott.

Foi possível chegar a essa conclusão graças à posição transversal única da galáxia UGC 10738. Os astrônomos podem observar a seção transversal de sua estrutura, o que lhes permite ver que tipo de estrelas há em cada disco.

UGC 10738 está localizada a 320 milhões de anos-luz de distância. Em suas observações os cientistas utilizaram o telescópio VLT do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) e para avaliar a correlação de metais em estrelas em seus discos fino e grosso usaram um instrumento especial – o multiespectrômetro MUSE.

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