"A linha da União Europeia para conter a Rússia está se intensificando. A interferência aberta nos assuntos internos de nosso país continua, como por exemplo, no caso Navalny. As sanções unilaterais contra cidadãos russos e empresas estão se intensificando", afirmou.
De acordo com Lavrov, a última "novidade" foi a a apresentação pela União Europeia de três novos princípios para as relações com a Rússia.
"Agora, em primeiro lugar é colocado [oferecer] 'resistência' e a 'contenção' de nosso país. O terceiro princípio, a 'interação', é limitado exclusivamente aos 'assuntos de interesse para a UE'. Bruxelas realmente acredita que vai tirar as relações do impasse aplicado um tal esquema de confronto?", indagou.
Lavrov também afirmou que é preciso que todos entendam que não haverá "jogo só de um dos lados", e que ninguém vai assustar a Rússia com ameaças ou sanções.
"Continuaremos reagindo às provocações, hostilidades e, caso seja necessário, [reagiremos] duramente, mas proporcionalmente", afirmou.
"Não é verdade. Houve muitos projetos políticos, humanitários e econômicos dos quais a Rússia e a UE participaram [juntas]. Mas eles foram bloqueados após a imposição de sanções contra a Rússia por Bruxelas", escreve Zakharova https://t.co/6J3rQE64uM
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) May 22, 2021
Apesar das permanentes tentativas da Europa de conter a Rússia, o país segue disposto a cooperar com o Ocidente, desde que seja de forma justa.
"Continuamos interessados em trabalhar com a União Europeia e seus países-membros, em um espírito de pragmatismo e respeito mútuo, observando as normas do direito internacional [...]", observou.
Ultimamente, surgiu um novo motivo de tensão. Em março, a UE impôs sanções no âmbito do novo regime global por violação de direitos humanos – como reação à detenção de Aleksei Navalny.
Em resposta, a Rússia proibiu a entrada no país de oito altos funcionários europeus. As restrições contra Moscou foram introduzidas também por causa de situação na Ucrânia, apesar de o Kremlin repetidamente ter ressaltado que Kiev está enfrentando uma crise política interna, com a qual as autoridades russas nada têm a ver.