Relatório: 3 cientistas do laboratório de Wuhan estavam com doença grave antes do início da COVID-19

© REUTERS / Carlos Garcia RawlinsPessoas andam com máscaras de proteção em Pequim, China, 4 de maio de 2021
Pessoas andam com máscaras de proteção em Pequim, China, 4 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 24.05.2021
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Três pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, ficaram tão doentes em novembro de 2019 que procuraram atendimento hospitalar, de acordo com o relatório anteriormente não revelado da inteligência dos EUA citado pelo jornal The Wall Street Journal.

O relatório anteriormente não revelado da inteligência dos Estados Unidos sobre três pesquisadores do laboratório que ficaram doentes em novembro de 2019, poderia adicionar peso aos crescentes apelos para uma investigação mais completa para apurar se SARS-CoV-2 teria fugido do laboratório chinês, segundo a mídia.

A divulgação do número de pesquisadores, o momento de sua doença e suas visitas ao hospital ocorreram na véspera da reunião da Organização Mundial da Saúde (OMS) que deveria discutir a próxima fase de investigação sobre a origem da COVID-19.

Os funcionários atuais e antigos familiarizados com o relatório da inteligência sobre os pesquisadores do laboratório chinês expressaram diferentes opiniões sobre a força dos elementos de prova para a avaliação.

"As informações de várias fontes que recebíamos eram da qualidade excelente. Foram muito precisas. O que não revelou foi exatamente por que eles ficaram doentes", afirmou um dos funcionários segundo a mídia.

O Ministério das Relações Exteriores da China acusou Washington de tentar promover a teoria de vazamento do vírus SARS-CoV-2 do laboratório chinês.

"Os EUA continuam exagerando a teoria do vazamento do laboratório. Estão realmente preocupados em localizar a fonte ou em tentar desviar a atenção?", segundo a chancelaria chinesa.

A administração do presidente norte-americano, Joe Biden, recusou comentar a informação, mas disse que todas as teorias tecnicamente possíveis sobre a origem da pandemia devem ser investigadas pela OMS e especialistas internacionais.

"Continuamos a ter perguntas sérias sobre os primeiros dias da pandemia da COVID-19, inclusive suas origens na República Popular da China", afirmou uma porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.

"Não vamos fazer declarações que prejudiquem um estudo em curso da OMS sobre a origem do SARS-CoV-2 […]. Por uma questão política, nunca comentamos questões da inteligência", disse a porta-voz.

Os detalhes do relatório vão além de um informativo do Departamento de Estado dos EUA emitido durante os últimos dias da presidência de Donald Trump. Segundo o documento emitido, vários pesquisadores no laboratório ficaram doentes no outono de 2019 "com sintomas parecidos com os da COVID-19 e doença sazonal comum".

Em março de 2021, um relatório da OMS compilado em colaboração com autoridades chinesas insistiu que é "extremamente improvável" que o coronavírus tenha escapado de um laboratório chinês de pesquisa em Wuhan. No entanto, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, solicitou a continuidade da investigação sobre o vazamento do coronavírus a partir do laboratório.

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