Líderes europeus discutirão endurecimento de sanções contra Belarus após incidente com avião

© REUTERS / Andrius SytasAvião da Ryanair faz pouso de emergência em Minsk, onde as autoridades prenderam o blogueiro Roman Protasevich
Avião da Ryanair faz pouso de emergência em Minsk, onde as autoridades prenderam o blogueiro Roman Protasevich - Sputnik Brasil, 1920, 23.05.2021
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Líderes da União Europeia (UE) vão discutir o endurecimento de sanções contra Belarus em cúpula prevista para ocorrer nesta segunda-feira (24). 

As autoridades bielorussas são acusadas de desviar um voo da Ryanair, que viajava entre a Grécia e a Lituânia. O avião da companhia pousou no aeroporto de Minsk, onde Roman Protasevich, fundador do canal Nexta do Telegram, foi detido. 

A aeronave fez um pouso de emergência devido a uma ameaça de bomba, que mais tarde se revelou falsa. As autoridades bielorrussas abriram uma investigação sobre o incidente. Protasevich é considerado um extremista pelas autoridades de Belarus. 

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, "condenou" nos "termos mais fortes o pouso forçado". 

"Apelo às autoridades de Belarus para que libertem imediatamente o passageiro detido e garantam plenamente os seus direitos. Os líderes da UE vão discutir este incidente sem precedentes amanhã durante o Conselho Europeu. O incidente não ficará isento de consequências", disse Michel, segundo publicado pela agência AFP. 

Após o pouso, o voo, que partiu de Atenas, seguiu para Vilnius, capital da Lituânia. 

Entretanto, não é a primeira vez que algo assim acontece. Em 2013, o avião com o então presidente da Bolívia Evo Morales foi obrigado a aterrissar no aeroporto de Viena, por suspeita de presença do ex-agente da CIA Edward Snowden a bordo. O avião seguia de Moscou rumo à Bolívia, quando França, Portugal, Itália e Espanha fecharam seu espaço aéreo para avião. Depois de todos os passageiros terem passado pelo controle de passaporte no aeroporto de Viena, revelou-se que Snowden não estava a bordo.

Belarus está sob os holofotes internacionais desde agosto do ano passado, após a vitória de Aleksandr Lukashenko nas eleições presidenciais. O triunfo eleitoral gerou uma onda de protestos internos e críticas de países da UE, que questionam a lisura da votação. O bloco europeu decidiu então impor sanções contra Minsk. 

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