Maduro condiciona diálogo com oposição radical na Venezuela, exigindo que renuncie ao 'golpismo'

© REUTERS / Palácio MirafloresPresidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em coletiva de imprensa no Palácio Miraflores, em Caracas
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em coletiva de imprensa no Palácio Miraflores, em Caracas - Sputnik Brasil, 1920, 15.05.2021
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Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apresentou nesta sexta-feira (14) os pontos principais de sua agenda para um diálogo com "a oposição extremista", em referência ao setor liderado pelo ex-deputado Juan Guaidó.

Recentemente, o opositor venezuelano Juan Guaidó sugeriu realizar reuniões com o governo.

Maduro recordou que este setor da oposição é o mesmo que protagonizou planos de insurreição para o derrubar, e "congelou e roubou o dinheiro do país" mas, ainda assim, presidente disse estar disposto a se sentar e a conversar.

Para Maduro, o setor radical não teve outra opção senão se aproximar do diálogo, diálogo que o governo há algum tempo mantém com diferentes setores da "oposição democrática" e da sociedade, porque estão "desesperados" ante as derrotas que tiveram.

© REUTERS / Leonardo Fernandez ViloriaO líder da oposição venezuelana Juan Guaidó remove sua máscara ao chegar a uma entrevista coletiva em Caracas, Venezuela, em 3 de março de 2021
Maduro condiciona diálogo com oposição radical na Venezuela, exigindo que renuncie ao 'golpismo' - Sputnik Brasil, 1920, 15.05.2021
O líder da oposição venezuelana Juan Guaidó remove sua máscara ao chegar a uma entrevista coletiva em Caracas, Venezuela, em 3 de março de 2021

"No final, eles reconhecem que têm que falar com o poder governante, a força bolivariana, o Polo Patriótico e o presidente Maduro. Estamos dispostos [ao diálogo] e estamos fazendo nossa agenda", declarou o presidente, que os instou a participarem nas "megaeleições", que se realizarão no país no próximo dia 21 de novembro.

"Estou fazendo uma lista de pontos que quero trazer para esse diálogo", disse o presidente da Venezuela, acrescentando que, para começar, levantará dois pontos-chave: que a direita "renuncie a golpismo", ao intervencionismo e às invasões estrangeiras, e que seus dirigentes sejam responsabilizados por todos os recursos que utilizaram, especialmente os que foram confiscados ilegalmente pelos EUA.

"Que devolvam esse dinheiro ao país", ressaltou o presidente venezuelano, que sugeriu a participação neste diálogo dos governos dos EUA, Noruega, a União Europeia, Grupo de Contato ou qualquer outro participante acordado pelas partes.

No entanto, o mandatário deixou claro que poderia abrir outros pontos para as conversas além daqueles que levantou nesta sexta-feira (14).

"Isso é o começo. Sobre o que querem falar? Eu quero conversar", acentuou.
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