A ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Claudia Blum, apresentou nesta quinta-feira (13) sua renúncia ao cargo, que ocupava desde novembro de 2019.
"Desejo apresentar-lhe, da forma mais respeitosa, minha irrevogável renúncia ao cargo de ministra das Relações Exteriores, com efeito imediato", diz a carta datada de terça-feira, 11 de maio, que Blum enviou ao presidente colombiano, Iván Duque.
Con esta carta presentó su renuncia la ahora excanciller Claudia Blum. Su efecto fue inmediato. Como su gestión, no dice mucho. pic.twitter.com/Ed25qpBxxU
— RicardoGonzálezDuque (@RicardoGonDuq) May 13, 2021
Com esta carta, a agora ex-chanceler Claudia Blum apresentou sua renúncia. Seu efeito foi imediato. Como sua gestão, não diz muito.
Sua saída do ministério ocorre apesar de Blum ter viajado para Madri, Bruxelas e Haia para se reunir com delegados da Organização das Nações Unidas (ONU), a União Europeia (UE) e diplomatas colombianos.
A renúncia ocorre após Laura Gil publicar um vídeo que Blum teria pedido para compartilhar entre funcionários e gerentes da Tecnoquímicas, empresa de produtos médicos, sanitários e veterinários com sede em Cali, presidida pelo marido da chanceler, Francisco José Barbier.
O vídeo, narrado em inglês, é uma espécie de denúncia com duração de quase seis minutos e que mostra imagens de atos isolados de violência ocorridos no contexto das manifestações na Colômbia e onde consta que as marchas "são promovidas por grupos violentos e políticos de esquerda cujo objetivo é tomar o país".
No registro afirma-se ainda que o senador Gustavo Petro e o presidente venezuelano Nicolás Maduro, junto com grupos "narcoterroristas", teriam organizado e financiado "ataques terroristas urbanos" que foram encobertos pelos protestos.
Blum esteve à frente do Ministério das Relações Exteriores por pouco mais de um ano e foi precedida pelo falecido Carlos Holmes Trujillo, que ingressou na pasta da Defesa. O cargo deve ser ocupado temporariamente pela vice-chanceler Adriana Mejía.
Após sua nomeação, Blum foi alvo de uma polêmica após a divulgação de uma conversa que manteve com o embaixador da Colômbia nos Estados Unidos, Francisco Santos, onde se referiam às estratégias de ingerência do país sul-americano nos assuntos internos da Venezuela.