Ministra colombiana renuncia após publicação de VÍDEO que 'denuncia' violência em manifestações

© AFP 2023 / Daniel MunozA ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Claudia Blum, apresentou dia 13 de maio de 2021 sua carta de renúncia ao cargo que ocupava desde novembro de 2019
A ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Claudia Blum, apresentou dia 13 de maio de 2021 sua carta de renúncia ao cargo que ocupava desde novembro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 13.05.2021
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A renúncia ocorre após a publicação de um vídeo, que Claudia Blum supostamente pediu para ser divulgado, mostrando uma visão tendenciosa dos protestos na Colômbia.

A ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Claudia Blum, apresentou nesta quinta-feira (13) sua renúncia ao cargo, que ocupava desde novembro de 2019.

"Desejo apresentar-lhe, da forma mais respeitosa, minha irrevogável renúncia ao cargo de ministra das Relações Exteriores, com efeito imediato", diz a carta datada de terça-feira, 11 de maio, que Blum enviou ao presidente colombiano, Iván Duque.

Com esta carta, a agora ex-chanceler Claudia Blum apresentou sua renúncia. Seu efeito foi imediato. Como sua gestão, não diz muito.

Sua saída do ministério ocorre apesar de Blum ter viajado para Madri, Bruxelas e Haia para se reunir com delegados da Organização das Nações Unidas (ONU), a União Europeia (UE) e diplomatas colombianos.

A renúncia ocorre após Laura Gil publicar um vídeo que Blum teria pedido para compartilhar entre funcionários e gerentes da Tecnoquímicas, empresa de produtos médicos, sanitários e veterinários com sede em Cali, presidida pelo marido da chanceler, Francisco José Barbier.

© REUTERS / Juan Bautista / StringerManifestantes montam barricada durante protestos em Cali, na Colômbia
Ministra colombiana renuncia após publicação de VÍDEO que 'denuncia' violência em manifestações - Sputnik Brasil, 1920, 13.05.2021
Manifestantes montam barricada durante protestos em Cali, na Colômbia

O vídeo, narrado em inglês, é uma espécie de denúncia com duração de quase seis minutos e que mostra imagens de atos isolados de violência ocorridos no contexto das manifestações na Colômbia e onde consta que as marchas "são promovidas por grupos violentos e políticos de esquerda cujo objetivo é tomar o país".

No registro afirma-se ainda que o senador Gustavo Petro e o presidente venezuelano Nicolás Maduro, junto com grupos "narcoterroristas", teriam organizado e financiado "ataques terroristas urbanos" que foram encobertos pelos protestos.

Blum esteve à frente do Ministério das Relações Exteriores por pouco mais de um ano e foi precedida pelo falecido Carlos Holmes Trujillo, que ingressou na pasta da Defesa. O cargo deve ser ocupado temporariamente pela vice-chanceler Adriana Mejía.

Após sua nomeação, Blum foi alvo de uma polêmica após a divulgação de uma conversa que manteve com o embaixador da Colômbia nos Estados Unidos, Francisco Santos, onde se referiam às estratégias de ingerência do país sul-americano nos assuntos internos da Venezuela.

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