"Entre todos os exoplanetas confirmados, uma classe que desperta interesse particular são os planetas de pequenas dimensões – com raios inferiores a 5 raios terrestres – orbitando estrelas brilhantes com períodos inferiores a 10 dias", disse Sergio Hoyer da Universidade de Aix-Marselha, escreve portal Sci-News.
Dentro deste espaço de parâmetros existe o chamado deserto netuniano – a região próxima a uma estrela onde nenhum exoplaneta do tamanho de Netuno é encontrado, uma vez que esta região recebe forte irradiação da estrela, significando que os planetas não retêm sua atmosfera gasosa à medida que evaporam deixando apenas núcleo rochoso.
"Atualmente de todos os planetas conhecidos no deserto neptuniano, apenas um número muito pequeno tem massas medidas com precisão, o que impede ter uma compreensão abrangente da história da formação desses objetos", acrescentou o cientista.
O exoplaneta, denominado de TOI-220b, faz uma volta completa em torno da estrela hospedeira a cada 10,7 dias.
Por outro lado, há um conjunto de planetas de tamanho sub-Netuno expostos a uma irradiação estelar mais suave e que geralmente apresentam um invólucro rico em gás com temperaturas inferiores a 727 graus Celsius.
O planeta recém-descoberto é cerca de 3 vezes maior do que a Terra e 13,8 vezes mais massivo. Pesquisadores estimam que tenha uma temperatura de aproximadamente 533 graus Celsius.