No domingo (9), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, afirmou no comunicado que o país ficou "chocado" com os ataques e "profundamente triste" pelo número de mortes. Além disso, apelou a Washington para retirar suas tropas "de forma responsável".
"É necessário apontar que o recente anúncio abrupto dos EUA sobre a retirada completa de suas forças do Afeganistão levou a uma sucessão de ataques explosivos em todo o país, agravando a situação de segurança e ameaçando a paz e estabilidade, bem como a vida e segurança das pessoas", segundo o comunicado publicado no site da chancelaria.
"A China apela às tropas estrangeiras no Afeganistão para levarem plenamente em conta a segurança das pessoas no país e na região, a saírem de forma responsável e evitarem causar mais tumulto e sofrimento ao povo afegão", disse a porta-voz.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que Pequim continuará apoiando o governo afegão em suas tentativas de combate ao terrorismo. Além disso, a China está disposta a trabalhar com a comunidade internacional para atingir a paz no país em um futuro próximo.
No sábado (8), pelo menos 55 pessoas foram mortas e mais de 150 ficaram feridas em várias explosões perto de uma escola em Cabul, causadas por um carro-bomba e morteiros. Funcionários afegãos afirmam que o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) intensificou seus ataques em todo o país após os EUA anunciarem no mês passado a retirada de seus militares até 11 de setembro.